Um filme típico de um estilo de comédia que tem se tornado comum no Brasil. Raso, com bordões manjados e personagens bem estereotipados. A mensagem do filme até que é bastante interessante. Contudo, mesmo o argumento sendo atrativo, o roteiro insiste que pessoas simples, de comunidades são mal educadas, sem noção e “barraqueiras”.
Por que a obstinação de que “elite” e “favela” não podem conviver com educação e respeito?! Piadas prontas, sem nenhuma construção mais consistente, com muita conotação sexual em momentos totalmente desnecessários.
Apesar da idealização dos personagens estereotipados, o elenco é muito bom. Cumpre bem, é bastante afinado, em especial a pequena Valentina Leão, que faz a caçula da família com muita graça e com atuação de “gigante”. A fotografia é leve, alegre, iluminada, como pede a história. Os planos e as locações capricham no desenrolar da narrativa.
A direção de César Rodrigues tem seu mérito. Observa-se o zelo em contar essa história; apesar de um texto óbvio na gaitada. No fechamento da trama, a mensagem é tão interessante, tão bem construída, que fica o questionamento: por que não ter sido assim em todo o filme? História para a família? Talvez. A forma como é contada merecia um roteiro mais delicado e menos raso.
O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 27 de junho.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: Roberta Chaves