“Todo Tempo Que Temos” é um filme que busca emocionar o espectador e não tem medo de mostrar isso, mas consegue equilibrar sua carga dramática com momentos de leveza e bom humor que arrancam risos do público. A narrativa não linear, embora possa causar certa confusão inicialmente, adiciona dinamismo à trama e mantém a atenção do espectador cativado, instigando-o a desvendar os acontecimentos.
Um dos grandes acertos do filme com certeza foi a escolha dos atores principais, Florence Pugh e Andrew Garfield que trazem profundidade aos personagens sem cair em clichês melodramáticos. Em todo o filme os personagens seguem com posturas firmes, enfrentando a rotina com uma resiliência que contrasta com a fragilidade da situação. Pugh interpreta Almut, uma mulher forte e independente que tem como maior foco sua profissão, a culinária.
É bonito ver a transformação de Almut no decorrer da história, que após conhecer Tobias foi descobrindo seu lado romântico e maternal. Uma das cenas mais bonitas é de fato o nascimento da filha do casal, a qual nos traz um misto de adrenalina, risos de desespero e alívio.
Ao longo da história Almut descobre que está com câncer de ovário, doença que já havia enfrentado anteriormente, mas dessa vez a doença em um estágio mais avançado. Sem expectativas de recuperação, Almut decide viver seus últimos meses de vida da forma que mais a fazia se sentir viva, competindo, porém, a fixação com o trabalho acaba abalando sua relação com Tobias.
Apesar do enredo contar a história de uma mulher que enfrenta um câncer, o filme vai muito além da doença, ele fala sobre amor e sobre o quanto o afeto pelo outro pode transformar nossas vidas de forma inesperadas, além disso, a reflexão sobre o tempo (cronológico e subjetivo) também é constante na obra. Recomendo assistir de coração aberto e com uma caixa de lencinhos ao lado, pois sim, você vai se emocionar!
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Amanda Celi
Agradecemos a Imagem FIlmes pelo convite!