A poucos dias do lançamento oficial, ARC Raiders está no topo das conversas do público gamer. O shooter de extração da Embark Studios não só figura entre os jogos mais desejados do Steam, como também vem chamando atenção pelo seu visual arrebatador, que parece ter saído de um álbum sci-fi dos anos 80. Justamente por isso, muitos jogadores começaram a questionar se o game utilizava inteligência artificial generativa para produzir arte, texturas ou modelos 3D. A resposta do próprio estúdio é clara: não utiliza.
Em entrevista ao PCGamesN, Virgil Watkins, diretora de design de ARC Raiders, fez questão de reforçar que todo o aspecto visual do jogo é criado manualmente por artistas humanos. “ARC Raiders em nenhum momento usa IA generativa”, afirmou Watkins. Segundo ela, a única tecnologia relacionada à inteligência artificial que participa da construção do jogo diz respeito ao comportamento dos drones mecânicos, que utilizam machine learning e reinforcement learning exclusivamente para animações de locomoção — nada ligado ao conteúdo visual.
Mesmo assim, um aviso de “conteúdo assistido por IA” aparece na página do game na Steam e acabou levantando suspeitas entre os jogadores. Watkins explica que esse aviso não tem relação com arte, mas sim com o sistema de voz utilizado no jogo. Assim como já havia acontecido em THE FINALS, ARC Raiders usa um modelo de text-to-speech contratado junto aos dubladores oficiais do elenco. Isso permite que o jogo gere falas automáticas atualizadas pelo ping, pronunciando nomes de itens, locais e direções de forma dinâmica, sem que os dubladores precisem regravar cada nova adição feita em atualizações de conteúdo. A Steam, porém, exige a transparência completa e obriga o aviso quando qualquer ferramenta de IA é utilizada — mesmo que não seja generativa e nem artística.
A fala de Watkins se alinha ao que o próprio CEO da Embark, Patrick Söderlund, contou recentemente ao portal The Game Business. Ele revelou que o estúdio realmente utiliza inteligência artificial em processos internos, especialmente para acelerar tarefas de desenvolvimento e atualizar pipelines que, segundo ele, ainda dependem de softwares com décadas de idade. A IA aparece para auxiliar protótipos, automatizar testes, organizar sistemas de animação e agilizar partes da produção — mas não para criar imagens prontas. Para Söderlund, a ideia sempre foi usar tecnologia para otimizar o trabalho do time, não substituí-lo.
Ou seja: apesar do aviso na Steam, ARC Raiders mantém sua identidade visual completamente construída por artistas humanos. A estética futurista, as cores saturadas, os drones de metal pulsante e o design das ruínas mecanizadas são fruto do trabalho da equipe criativa da Embark — e não de algoritmos generativos.
Com uma comunidade crescente, melhorias constantes e um lançamento cada vez mais próximo, ARC Raiders segue em destaque como um dos shooters mais promissores do ano. A mistura de PvPvE, trilha atmosférica e uma direção de arte extremamente marcante continua sendo a principal razão para o hype em torno do jogo.
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