Recentemente, tive a oportunidade de assistir a Até o Limite, um dos lançamentos no streaming deste setembro, a convite da Adrenalina Pura. Confira a opinião sobre o longa.
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Até O Limite é um thriller de suspense dirigido por Romuald Boulanger, que conta com o experiente ator Mel Gibson (Mad Max) como protagonista. A trama gira em torno de um programa de rádio, onde Elvis Conney (Mel Gibson) realiza transmissões de estilo terapêutico para os seus ouvintes. Numa dessas noites de programa, Elvis recebe a ligação de um homem que diz ter sequestrado sua filha e esposa, e que agora ele e todos os outros participantes do programa terão que correr pelas suas vidas.
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O nome Adrenalina Pura indica seu foco em filmes de ação, terror e suspense. Em vez de ser uma plataforma independente, opera como um canal integrado a serviços como Amazon Prime Video Channels.
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Num estilo bem similar a Jogos Mortais, mas usando os cenários corporativos da emissora de rádio como pano de fundo para a história se desenvolver, o filme se arma para uma constante urgência frenética, que se encontra muito bem com a atuação sempre explosiva e desesperada do Mel Gibson. Mesmo pegando resmas desse gênero como reciclagem de situações, a obra consegue fisgar nossa atenção e expressar um sentimento muito estimulante de irritação e temor por aqueles personagens, à medida que o antagonista reproduz seus desafios psicopáticos por detrás das sombras.
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Por mais que a direção de Romuald Boulanger não seja tão destacável assim, ele cumpre com a ideia de executar o intimismo dos cenários a favor dessa problemática cronometrada de um jeito muito bom para a narrativa. Além disso, consegue extrair dos atores sentimentos de pavor e receio sufocante que dão peso à urgência. Ademais, acho muito interessante a logística do suspense do filme, partindo dessa premissa clichê, porém ainda bastante inquietante.
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Mas ao falar do enredo, o plot do filme pode decepcionar muita gente, e eu até entendo. Ele se mostra como algo que reembala a narrativa numa contra-lógica ousada, que, embora pareça ser bastante brega, cria um canal crônico (ou até satírico) para um usual clickbait explorado para fins de humilhação por marketing, manipulação emocional e, de certa maneira, para uma teatralização dos sentidos como um experimento mais cômico e raro dentro da figura de cinema.
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Porém, o filme, querendo ou não, extrapola essa conclusão, que já nasceu realmente para ser divisiva, querendo parecer espertinho até demais, sabotando a ideia mais mirabolante e absurda como uma duplicata dela mesma, engordurando ainda mais a breguice conceitual do plot twist.
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Até O Limite não é detestável; possui uma maquinação do suspense que, para mim, funciona muito bem, mesmo numa progressão mais clichê. Tem também uma virada de chave que pode ser até ofensiva para alguns, mas que ainda atinge uma certa capacidade de se comunicar industrialmente com um público mais convencional. No entanto, a tentativa de duplicar esse efeito em sua resolução definitiva estraga, para mim, o embargo de tal proposta.
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NOTA FINAL
2,5/5
★ ★ ★
Autor: Flávio Júnior
3 Comentários
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