CRÍTICA: NOVEMBRO
A coprodução internacional envolvendo a produtora brasileira “vulcana cinema“, é baseada no cerco ao palácio da justiça na Colômbia em 1985, que mantém a ação praticamente restrita a um banheiro onde os militantes mantêm alguns reféns, interrompida ocasionalmente por imagens de arquivo. Sua duração concisa e as imagens de arquivo, em particular, pontuam a narrativa sem necessariamente romper a sensação de imersão técnica e a falta dela no arco de personagens.
O longa evita imagens de arquivo em um documentário feito pelo produtor, então inicialmente, as imagens fora utilizadas como um prólogo para os espectadores menos familiarizados com os eventos, pois optou-se por usá-las como elipses e selecionar deliberadamente as cenas menos vistas. O design de som realmente imersivo, é a criação de uma experiência em camadas, algo que certamente se percebe no produto final.
Além disso, foram utilizados relatos por vezes contraditórios na pesquisa e sem entrevistar ninguém envolvido, provavelmente para não contradizer o o contexto da premissa. Todavia, conta com uma montagem confusa, pois se desconecta totalmente com as atuações contidas como o espaço onde se desenvolve e superficialmente, os conflitos e, aparentemente, a resolução. Seu texto contém um discurso ou uma história concreta e não se esfuma com as épocas em que ideias ou efeitos que possam expor sua ideia central, sob uma narrativa argumentativa e dramática que explora seu esforço real ao enfatizar o mínimo com tantos personagens apresentados.
Infelizmente, é decepcionante ver como um trágico e perturbador da clássica Bogotá, é abordado de forma tão rasa. Apesar de não ter uma postura ideológica ou política, sabe-se da consciência radicalmente polarizada da sociedade colombiana e um tratamento respeitoso com a dor, emoção e a empatia de quem deve ser sumariamente responsável pelo autor de qualquer obra.
NOTA FINAL
1/5
★
Autor: Weslley Lopes
O longa é uma coprodução internacional com a produtora gaúcha VULCANA CINEMA, e já está em cartaz nos cinemas do Brasil.
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