Crítica: Quando o Céu se Engana
A estreia na direção de Aziz Ansari é perspicaz, divertida e uma comédia entusiasmada, além de ser uma abordagem cuidadosa sobre desigualdade de classes, por se tratar de uma reflexão de que as pessoas comuns se mantêm ou pelo menos tentam manter suas vidas enquanto o globo está girando. Embora algumas inconsistências no humor e algumas escolhas de edição não sejam eficientes e um tanto bruscas por impedirem que o texto alcance todo o seu potencial, apesar de causar a impressão de não se entregar completamente. Consequentemente, é uma sensação muito boa presenciar esse elenco tão talentoso interagindo de forma cômica, e é de fato uma recompensa por si só.
É definitivamente cômico e conta com piadas geniais e pontuais, embora ainda acabe comprometendo muitos de seus temas com um desfecho que parece se resumir ao verdadeiro significado da vida que contempla os altos e baixos das estruturas financeiras e sociais que podemos esperar até que alguns benevolentes decidam que o proletariado mereça mais renda. Portanto, não é como se ele tentasse resolver algum dos problemas que retrata, mas honestamente, torna sua apreciação pela vida ainda mais leve. Porém, infelizmente, os diálogos não favorecem o texto e tornem esses diálogos com mais sagacidade.
Os personagens funcionam mais como veículos para ideias e discursos óbvios que tratam as pessoas apenas como portadores defeitos legítimos, que fazem escolhas ruins e têm relacionamentos complexos entre si. Por fim, é por isso que é tão fácil ignorar o território temático que o longa tenta explorar, pois está constantemente tentando implantar essa ideia e transmitir algo importante e, apesar de tudo, é interessante que seu criador tente criar um sentimento responsável pela maior parte da vida do proletariado.
Ainda assim, isso não é o mesmo que embarcar na temática e difundir a ideia de como alguém potencialmente leiga e comum possa enfrenta as dificuldades diárias de existir em Los Angeles ou qualquer outra cidade do planeta e representar sua condescendência.
NOTA FINAL
2/5
★ ★
Autor: Weslley Lopes
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