O universo de super-heróis de Invencível, criado por Robert Kirkman, é vasto e repleto de personagens com habilidades impressionantes, que nada devem aos universos da Marvel ou da DC. Kirkman é conhecido por povoar suas histórias em quadrinhos com uma gama diversificada de superpoderes, tanto em heróis quanto em vilões, muitos deles incrivelmente criativos. Contudo, com tantos personagens, é inevitável que alguns possuam poderes que, por um motivo ou outro, são considerados ridículos, bizarros ou que, ironicamente, prejudicam mais do que ajudam seus portadores. Seja pela sua ineficácia ou pelos severos efeitos colaterais, alguns desses poderes são verdadeiras maldições disfarçadas de dons.
Um exemplo notável é o Elefante, um vilão que fez uma breve aparição na série animada. Este personagem é, essencialmente, um homem que sofreu uma mutação com DNA de elefante. Embora essa transformação o torne mais forte que um homem comum, o custo é ter que andar por aí parecendo um “elefante humanoide” o tempo todo, um visual que muitos considerariam bizarro. Mais do que isso, o Elefante é retratado como um dos criminosos mais “imbecis” de Invencível nos quadrinhos, não dando trabalho significativo a ninguém.
Outra personagem com uma maldição em vez de um dom é a Wolf-Woman, também conhecida como Holy Face. Criada especificamente para o programa de animação, ela é uma mulher com cabeça de lobo, cujos poderes são mais uma maldição do que uma bênção, pois ela não tem controle sobre suas transformações. Em uma tentativa de mitigar o problema, ela conseguiu projetar uma coleira que lhe permite manter o corpo humano, transformando apenas a cabeça.
No que tange aos Guardiões Globais, a contraparte da Liga da Justiça da DC, encontramos Aquarius, uma referência clara ao Aquaman. Aquarius é um herói baseado em água, capaz de disparar rajadas de água poderosas. No entanto, ao contrário de Aquaman, que mantém uma aparência humana, Aquarius e toda a sua raça parecem um peixe gigante. Para além da sua aparência peculiar, o que realmente o coloca nesta lista é a simplicidade de seus poderes: ele basicamente “joga água”.
O lado vilanesco também tem seus infortúnios. Doutor Sísmico é um gênio do mal que construiu luvas de terremoto para enfrentar o Invencível e a Eve Atômica. Contudo, essas luvas trazem um custo terrível: elas causam concussões no Doutor Sísmico toda vez que são usadas, o que resultou em danos mentais. Aparentemente, ele não sabe o que realmente quer, e suas ações são apenas o resultado dessa lesão cerebral, questionando se o poder realmente “vale a pena”.
Mesmo entre os heróis da nova formação dos Guardiões Globais, há desafios. Kid Thor é um herói que herdou o martelo encantado de Thor, que só pode ser usado por ele e seus parentes. O problema crucial é que Kid Thor precisa estar sempre com o martelo nas mãos, pois ele compensa sua força vital; se o martelo não estiver em sua posse, ele morre. Felizmente, ele revive se o martelo for rapidamente colocado de volta em sua mão, e o Robô construiu luvas magnéticas para garantir que ele permaneça sempre segurando o martelo.
Por fim, a Menina Monstro, outro membro dos novos Guardiões Globais, possui a habilidade de se transformar em um monstro verde gigante com superforça. Embora pareça uma garotinha indefesa, ela é, na verdade, uma mulher de 29 anos. O alto custo de seus poderes é que, cada vez que ela se transforma, seu corpo humano rejuvenesce. Com a ajuda do Robô, ela eventualmente desenvolve um método para lidar com essa condição peculiar.
Esses exemplos demonstram como Robert Kirkman explora a ideia de que superpoderes nem sempre são uma bênção irrestrita. Para alguns, eles vêm com efeitos colaterais severos, aparências bizarras ou exigem sacrifícios que questionam o verdadeiro valor de ser um super-ser.
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