Review | Indiana Jones e o Grande Círculo

Em um convite especial da Bethesda, experimentamos o mais recente lançamento da MachineGames, Indiana Jones e o Grande Círculo. Este jogo nos transporta para 1937, colocando o icônico arqueólogo em uma corrida contra forças sinistras em busca de segredos de um antigo poder associado ao Grande Círculo. Repleto de ação, investigação e uma narrativa intrigante, o título busca capturar a essência da franquia Indiana Jones — e, em grande parte, consegue.

O jogo acontece entre Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada, colocando Indiana Jones contra os nazistas em uma aventura que combina exploração, resolução de quebra-cabeças e momentos cinematográficos. A trama começa quando um misterioso ladrão invade o Marshall College, roubando uma múmia de gato, o que leva Jones a uma corrida contra o arqueólogo nazista Emmerich Voss.

A história motiva nossa exploração, e com ela vêm quebra-cabeças que fazem o jogador se sentir o verdadeiro Indiana Jones. O jogo nos coloca na pele de um aventureiro, enquanto imaginamos estar assistindo a um filme jogável. Com cenas e reviravoltas memoráveis, a narrativa prende o jogador e oferece uma experiência que fica na memória.

Embora as primeiras horas possam parecer confusas devido à quantidade de informações e eventos, a trama se desenrola de forma satisfatória e garante momentos emocionantes.

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ᐳ Jogabilidade

Com cerca de 20 horas de duração, O Grande Círculo oferece um equilíbrio entre ação, exploração e quebra-cabeças. O foco principal não é o combate direto, mas sim a resolução de enigmas e a superação de desafios furtivos.

A experiência é totalmente em primeira pessoa, algo que se distancia de jogos como Tomb Raider ou Uncharted, mas que funciona muito bem aqui. Essa abordagem não apenas aumenta a imersão, mas faz com que o jogador realmente se sinta no lugar de Indiana Jones, como se estivesse vestindo a jaqueta de couro e segurando o famoso chicote.

O uso do icônico chicote é mais do que uma ferramenta de combate; ele também é essencial para a solução de quebra-cabeças e para a movimentação pelos cenários. Ferramentas como pás, espadas e armas de fogo adicionam variedade, mas a escassez de munição e o excesso de inimigos forçam o jogador a optar pela furtividade.

ᐳ Navegação e Furtividade

Apesar dos acertos na jogabilidade, o sistema de navegação pelos menus deixa a desejar. O acesso rápido, baseado em teclas, pode ser confuso em momentos críticos, comprometendo a fluidez do gameplay.

As mecânicas de furtividade, embora satisfatórias inicialmente, carecem de mais ferramentas e opções. Isso limita a criatividade do jogador, e um sistema mais robusto, similar ao de Dishonored, poderia ter elevado significativamente a experiência.

ᐳ Gráficos Cinematográficos

Visualmente, o jogo impressiona. As cutscenes são comparáveis às de Hellblade 2, com animações realistas e expressões faciais detalhadas. Esses elementos ajudam a criar a sensação de que estamos assistindo a um filme enquanto jogamos.

No entanto, a dublagem apresenta inconsistências. Mesmo com suporte a múltiplos idiomas, a troca de vozes em algumas cenas prejudica a imersão e reduz o impacto emocional de certos momentos.

Conclusão

Embora a narrativa cative no início e mantenha o interesse por boa parte do jogo, ela introduz, após o capítulo de Gizé, elementos sobrenaturais exagerados, que podem não agradar a todos. O desfecho, embora satisfatório, pode também dividir opiniões.

Indiana Jones e o Grande Círculo é um título que, apesar de alguns pequenos tropeços, oferece uma experiência emocionante e inesquecível. Com uma narrativa envolvente e momentos marcantes, o jogo é uma adição valiosa para qualquer fã da franquia. Ele merece um espaço não apenas na memória dos jogadores, mas também em seus consoles e PC, pronto para proporcionar novas aventuras.

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