Review | Altheia: The Wrath of Aferi (PC)
Altheia: The Wrath of Aferi Review: Você é lançado em um mundo onde deuses e humanos entram em conflito. A protagonista do jogo precisa desvendar os segredos da fúria de Aferi, uma força divina capaz de destruir não apenas países, mas a própria realidade.
Altheia: The Wrath of Aferi, desenvolvido pelo estúdio independente MarsLit Games, chega como uma mistura impressionantemente ambiciosa de mitologia com RPG moderno. O jogo traz um frescor com sua estreia, tendo uma liberdade narrativa pouco vista por aí, onde o jogador não só assiste aos acontecimentos, mas é questionado constantemente sobre eles.
O ponto mais forte do jogo é, sem sombra de dúvidas, não ter medo de explorar a incerteza moral. Cada ação desencadeia uma reação em cadeia que exige reflexão, não se prendendo a um lado certo e outro errado. Temas como traição, lealdade e sacrifício dão peso à história, capturando as nuances culturais de suas inspirações mitológicas.

Sendo um jogo com grande foco narrativo, é normal pensar que os desvios da história sejam interessantes e quase obrigatórios, e de fato eles são. As missões secundárias não servem apenas como preenchimento, elas aprofundam a compreensão da sociedade e das crenças do mundo. Personagens menores frequentemente aparecem em tramas maiores, e suas escolhas trazem consequências pequenas, porém significativas.
Sobre a gameplay em si, o jogo utiliza mecânicas de RPG de ação em terceira pessoa combinadas com uma progressão baseada em escolhas. A exploração é feita para imergir o jogador em um mundo cuidadosamente construído. É fácil se movimentar, mas o combate exige mais do que simples reflexos. Suas escolhas não apenas influenciam o final da história, mas também alteram o modo como o jogo se desenrola, como as missões se ramificam e como os recursos podem ser acessados.
A exploração nesse mundo aberto é algo recompensador, e não só sobre questões da trama. “Altheia The Wrath of Aferi” deixa que você descubra por conta própria os segredos, caminhos escondidos e ruínas que existem por aí tornando a exploração satisfatória em vez de cansativa, como em ‘Hollow Knight’ Os enigmas se destacam aqui, trazendo formas variadas de interação com o ambiente e soluções nem um pouco normais.

A progressão do jogo é simples, mas é necessário ter cuidado com certos elementos. É preciso decidir onde gastar pontos e quais caminhos seguir. O jogo equilibra acessibilidade e profundidade de forma excelente: oferece progressão clara e simples para iniciantes, mas também uma variedade ampla para veteranos experimentarem diferentes formatos de builds. Evoluir não é apenas melhorar estatísticas, mas alinhar suas crenças com as ideias centrais do jogo.
Visualmente, Altheia: The Wrath of Aferi é uma pura obra de arte. Paisagens que parecem ter sido pintadas à mão se misturam a modelos de personagens e estruturas muito detalhados, criando um mundo vivo e atemporal. A direção de arte é seu grande destaque, com cenários fantasiosos, contendo construções divinas e diversos padrões simbólicos. .

Tecnicamente falando, o desempenho do jogo é bem sólido para um estúdio indie, com um FPS consistente e poucos problemas gráficos, embora algumas animações rígidas revelem as limitações de orçamento. Ainda assim, os visuais acabam compensando esse lado, alcançando uma imersão pela identidade, e não pelo realismo.
No fim, Altheia: The Wrath of Aferi é único por sua base mitológica, mas o que realmente o torna grandioso é a harmonia entre narrativa, jogabilidade e arte. Mais do que oferecer recompensas, ele proporciona a imersão em um mito que provoca reflexão.
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