CRÍTICA | A FORJA: O PODER DA TRANSFORMAÇÃO
Pode um filme rotulado de “filme de nicho” comunicar para além da tal bolha em que foi colocado? Pode sim, de vez em quando acontece e é o caso de ‘A FORJA‘ da Kendrick Brothers. Uma singela história sobre um jovem sem rumo, Isaías (Aspen Kennedy) que encontra na figura do empresário Joshua (Cameron Arnett) uma oportunidade de emprego e uma mentoria para repensar a vida.
O filme se apresenta bem positivo, pelos aspectos técnicos bem trabalhados, tais como a fotógrafa simples e competente e atuações bem envergadas. O enredo também merece destaque não por ser algo surpreendente, mas por ser crível que pode encontrar uma conexão em muitos espectadores que são pais de jovens e também com jovens em situação parecida. Muitos podem cravar a pecha de filme panfletário cristão, mas estão errados. Há sim, a comunicação cristã, mas não precisa prestar atenção para ver que a história é tão comum que se você não tem um exemplo próximo, já viu por aí.
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Ao acompanhar o desenvolvimento de Isaías, tirando as óbvias opções de leveza do roteiro para ser mais palatável em prol da mensagem, todo o filme é bem redondinho e passa a mensagem cristã de uma maneira bem leve, quase não impondo, o que é um ponto a favor do filme. Alguns cuidados da produção devem ser exaltados, como um panfleto que no foco está em português. Não ser apelativo, mostrando uma grande tragédia como fonte de catarse para o protagonista, também é bem legal, pois para o público mais apurado se apresenta como uma surpresa ao contrário, por sair do óbvio.
Uma das poucas deficiências do filme é que a mudança do protagonista é rápida demais, mas é compreensível quando se lembra o objetivo maior da produção. O filme inspira com leveza, sem ser chocante para os não cristãos.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Leonardo Valério
Agradecemos a Paris Filmes pelo convite!
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