CRÍTICA: BOM MENINO
O terror com uma premissa inovadora e uma trama experimentada inteiramente do ponto de vista de um cachorro, pode até ser interessante mas carece de muitos elementos para prender a atenção dos fãs do gênero.
Ben Leonberg dirige esse horror sobrenatural inteligente, no qual a premissa central segue Todd, interpretado por Shane Jensen, que se muda para uma casa de família rural com seu pet, que logo começa a sentir a presença de forças sobrenaturais que geralmente estão à espreita nas sombras. Essa nova perspectiva inspira alguns projetos de horror recentes e inventivos, com sustos que atingem tão forte quanto em um filhote constantemente em alerta máximo.
A trama é inteiramente voltada para o pet e sua ótica surrealista e consequentemente acaba oferecendo um excelente desempenho canino que o mantém nervoso e emocionalmente investido em seu destino. Essa perspectiva transforma cada corredor vazio e cada canto escuro em um exercício de medo e de aflição. Isso também significa que os rostos dos personagens humanos muitas vezes estão fora do quadro, o que só aumenta a tensão. Embora o elenco humano não deixe a mesma impressão e o baixo orçamento do projeto mostre suas limitações, os fãs de terror e amantes de pets ainda encontrarão algo distinto, e talvez inesperadamente comovente.
O longa não tenta se comprometer totalmente em contar uma história de fantasmas sob a perspectiva do pet, seu foco está na reflexão de animais em momentos que estão olhando para um canto vazio e seus olhos rastreando algo que não podemos ver, e é esse fenômeno que ocorre nessa casa de interior. Isso faz com que tudo ao redor desta casa seja desconhecido e assustador, mesmo quando nada sobrenatural está acontecendo.
Portanto, mesmo com seu orçamento limitado e um texto enxuto, trata-se no fim das contas, de uma ideia simples mas brilhantemente executada.
NOTA FINAL
2/5
★ ★
Autor: Weslley Lopes
Compartihar:















Publicar comentário