CRÍTICA: DETETIVE CONAN – O PENTAGRAMA DE MILHÕES DE DÓLARES

A franquia “Detetive Conan”, também conhecida como “Case Closed”, já dura mais de 3 décadas. Criada por Gôsho Aoyama em 1994 e logo depois transformada em anime pela TMS estúdios, as aventuras do pequeno detetive já venderam 270 milhões de copias, inspiraram mais de 1100 episódios – além 3 spin-offs na Netflix, 28 longas e mais de 40 jogos.

Com um universo tão gigantesco como esse é de se estranhar que ele tenha levado tanto tempo para que atravessar o continente de forma mais evidente. “O Pentagrama de Milhões de Dólares” é o 27º filme dentro da franquia e o primeiro que será lançando comercialmente no circuito brasileiro. Um verdadeiro atestado da crescente popularidade do gênero anime dentro do mercado nacional.

Para quem não é familiarizado, a franquia gira em torno de Shinichi Kudo, um jovem do ensino médio com uma inteligência descomunal e um tanto arrogante que resolve se torna um investigador profissional. Os problemas começam quando ele é envenenado enquanto tentava resolver um caso. O veneno não mata Kudo, mas sim encolhe seu corpo, fazendo com que ele pareça novamente com uma criança. Apesar disso todo o seu poder de dedução permaneceu intacto. Com medo de colocar seus amigos em perigo, Kudo assume então a persona de Conan Edogawa para que assim possa continuar desvendando mistérios.

“O Pentagrama de Milhões de Dólares” também traz a presença de outro detetive, Heiji Hattori. Ele começa como um antigo rival de Kudo, mas eventualmente acaba descobrindo sua identidade secreta e se tornando um parceiro. Juntos, eles tentam desvendar um mistério ligado ao roubo de uma coleção de espadas que pode levar a um tesouro capaz de mudar os rumos do Japão.

A qualidade da animação aqui é notável. Todas as sequências de ação, sejam as perseguições de moto ou os embates corporais, são sempre fluidas, ágeis e bem coreografadas. Além disso, todo momento é preenchido por uma bela recriação geográfica da cidade japonesa de Hakodate.

O mistério pode se revelar um tanto denso para alguns espetadores ocidentais. Cada pista parece estar carregada com informações históricas e culturais do Japão, o que pode confundir em certos momentos. O roteiro se preocupa em traçar uma linha logica em meio aos planos e esquemas ridiculamente mirabolantes, algo que sempre foi um dos pontos fortes da franquia.

Além disso outro ponto forte é a presença de Kaito Kid, um dos personagens mais queridos desse universo. A rivalidade entre o anti-herói com a dupla Conan/ Heiji rende muitos momentos divertidos. Seu visual icônico, com sua cartola, capa e inúmeras bugigangas, fica lindos quando vistos em ação. É fácil perceber por que ele é um dos personagens mais queridos pelos fãs.

“O Pentagrama de Milhões de Dólares” faz um bom trabalho apresentando brevemente o universo sem soar redundante. Se você já é um fã de “Detetive Conan”, essa certamente será uma sessão super deliciosa. Se você é um novato dentro desse universo, essa pode ser uma porta de entrada interessante. O carisma inegável dos seus protagonistas é o suficiente para motivar qualquer espectador a lutar contra algum sentimento de confusão durante a projeção.

No fim ele pode até não oferece nada de muito revelador dentro da franquia, mas é o suficiente para justificar o motivo da longevidade dessa série.

ATENÇÃO: O FILME POSSUI UM EPILOGO APÓS OS CREDITOS FINAIS.

NOTA FINAL

4/5

★ ★ ★ ★

Autor: Raphael Aguiar