CRÍTICA: INVOCAÇÃO DO MAL 4- O ÚLTIMO RITUAL
“Invocação do Mal 4” chega como quem não queria nada e acaba surpreendendo. Depois do terceiro filme, que deixou muita gente sem expectativa nenhuma, esse novo capítulo resgata o clima que fez a franquia ser um sucesso. Não é nenhuma revolução no terror, mas cumpre o que promete como filme de terror.
O roteiro segue uma fórmula já conhecida, e a montagem não tenta inovar demais. Mas, mesmo assim, a história funciona muito bem. Tudo é amarrado de forma clara, sem deixar furos, e a trama consegue segurar o público do começo ao fim. É simples, mas envolvente e às vezes, isso é tudo que um bom terror precisa.

Um ponto que sempre chama atenção é como os filmes do “Invocaverso” escolhem contar a vida dos Warren. Muita coisa é suavizada ou remodelada para caber dentro da narrativa, e é aí que entra a força do cinema que eu gosto tanto: a capacidade de recontar fatos e dar uma outra perspectiva para personagens reais.
Essa ideia combina perfeitamente com o som do filme, que é um dos grandes destaques. O design sonoro é muito bem trabalhado, cada silêncio é estratégico, cada ruído arrepia. E a trilha sonora? É o coração da experiência. No terror, o som sempre foi meio que a alma, e aqui isso fica ainda mais evidente – o medo cresce não só pelo que a gente vê, mas principalmente pelo que a gente ouve.

Outro destaque é a construção da atmosfera e os efeitos visuais. O filme não exagera tanto em CGI, mas usa os recursos de forma precisa para criar umas cenas realmente assustadoras. Cada sombra, cada aparição e cada elemento do cenário contribuem para uma sensação de constante tensão, mostrando que, às vezes, menos é mais. Essa atenção aos detalhes visuais mantém o clima sombrio e envolvente que os fãs da franquia tanto esperam.
Além disso, as atuações de Vera Farmiga e Patrick Wilson continuam sendo um dos pontos fortes do filme. A química do casal Warren traz humanidade à história e ajuda o público a se conectar com os personagens, mesmo em meio a tantos sustos e momentos sobrenaturais. É impossível não sentir a tensão e a emoção que eles transmitem, dando ainda mais peso à narrativa e tornando o terror mais palpável – mesmo depois de três filmes a sensação continua a mesma.

No fim das contas, “Invocação do Mal 4” (2025) fecha o ciclo do Invocaverso de forma digna. Não é um filme que vai reinventar nada, mas entrega emoção e sustos. É, sim, um fechamento com chave de ouro para uma das franquias de terror mais marcantes dos últimos anos.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: Alexandra Coral
Compartihar:
Publicar comentário