CRÍTICA- OS ROSES: ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE
Os Roses: Até Que a Morte os Separe é uma comédia romântica satírica dirigida por Jay Roach. O filme acompanha um casal de britânicos que mora nos Estados Unidos, Theo Rose (Benedict Cumberbatch), um arquiteto renomado, e Ivy Rose (Olivia Colman), uma cozinheira extremamente talentosa que abandonou sua carreira para cuidar dos filhos. O casal vivia uma vida aparentemente perfeita, porém uma reviravolta faz com que a carreira de Theo entre em declínio e Ivy se torne uma chef bem sucedida, mudando para sempre a relação dos dois e revelando rachaduras na estrutura familiar deles.

O roteirista Tony McNamara, que trabalhou anteriormente no ganhador do Oscar Pobres Criaturas, adapta e moderniza o romance War Of The Roses de forma maestral, diálogos pontuais, personagens absolutamente bem escritos e bem desenvolvidos e um ritmo perfeito são apenas alguns dos pontos altos desse filme que é capaz de tirar o fôlego dos espectadores tanto com risadas quanto de preocupação. O filme mescla comédia, drama, romance e até suspense de forma natural e ainda entrega críticas sociais bem pontuais à papéis de gênero na sociedade e na estrutura familiar.

Entre tantos pontos altos, o maior deles é o elenco, Benedict Cumberbatch e Olivia Colman não apenas tem uma química extraordinária como um casal, mas também entregam performances magistrais individualmente, e o diretor Jay Roach aproveita muito bem a dupla de atores, que brilham tanto juntos quanto separados. O elenco de apoio também conta com ótimas escalações, como os filhos do casal, que são ambos interpretados por duplas de atores de diferentes idades, Delaney Quinn e Hala Finley como Hattie Rose, e Ollie Robinson e Wells Rappaport como Roy Rose. O elenco coadjuvante também conta com diversas estrelas, como Ncuti Gatwa, Sunita Mani, Allison Janney e os hilários Andy Samberg e Kate McKinnon, todos em papéis brilhantes.

A fotografia do filme, assinada por Florian Hoffmeister, conhecido por seu trabalho no drama Tár, é outro aspecto encantador da obra, os planos mudam sutilmente de tom junto com o roteiro, as cenas de romance, comédia e suspense todas tem tonalidades e tipos de enquadramentos próprios, mais ainda de forma que o filme construa uma estética própria que é mantida do início ao fim. O ato final do filme conta com cenas especialmente bonitas, que elevam toda a produção.
Com roteiro afiado, elenco impecável, fotografia belíssima e um final de cair o queixo, Os Roses: Até Que a Morte os Separe, é definitivamente um filme que merece a sua atenção.
NOTA FINAL
4,5/5
★ ★ ★ ★ ★
Autor: Youssef Rahhal
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