Review | Fretless – The Wrath of Riffson (PC)
Fretless – The Wrath of Riffson Review: Em um mundo onde a música gera uma energia essencial para a vida, Beto entra em uma viagem para conseguir entrar no maior evento musical do mundo, a Batalha de Bandas, e destruir a gravadora Super Metal Records e seus associados, que pretendem usar dessa energia para dominar o mundo.
Apesar da premissa meio clichê, Fretless foca em impressionar seus jogadores com seu lindo estilo de arte em pixel art e sua gameplay, sendo um RPG de turno que precisa de ritmo musical para funcionar!
Durante a sua jornada, o jogador se depara com uma variedade muito diversificada de cenários e inimigos que os compõem. Desde uma floresta escura que abriga aranhas fusionadas com caixas de som e morcegos que parecem microfones de lapela, até o topo de um vulcão que é rodeado por lagartos com teclados nas costas. Todas as áreas possuem seu charme que as difere das demais, principalmente pelas suas fontes únicas de inimigos animais misturados com instrumentos ligados a música. Um prato cheio de referências e criatividade.
Com um mundo tão grande e diversificado para ser explorado, claro que os segredos e missões secundárias seguiriam o mesmo padrão de qualidade. Apesar de não haver muitos segredos para serem descobertos, grande parte deles exigem que o jogador fique atento a detalhes bem específicos do mapa, além é claro de seguir o ritmo da trilha sonora do local. Os desafios vão desde enigmas simples até batalhas intensas, que resultam em recompensas ótimas como novos riffs para os instrumentos e troféus para a estante da casa do protagonista. Inclusive, a maioria dos segredos rende conquistas na Steam.

Entretanto, não são só nas paisagens e inimigos onde o charme do jogo mora, afinal as opções de armas de combate que o jogador tem aqui são o que mais chama a atenção. Incluindo um violão, baixo, sintetizador e uma guitarra (apelidada aqui de Oito Cordas), Fretless cria maravilhosamente bem a sua variedade de armas, onde cada uma influencia diretamente no combate e deve ser escolhida atentamente pelo jogador. Não só a arma deve ser tocada com cuidado, mas também seus riffs (golpes de cada instrumento), mods (suportes únicos de cada instrumento) e pedais (suportes gerais para todos os instrumentos), sendo um verdadeiro prato cheio para quem gosta de uma boa variedade e combinações malucas no combate. Porém, a quantidade absurda e de difícil acesso dos riffs, juntada a falta de explicação constante do jogo a respeito de atributos e efeitos de certos golpes e instrumentos, pode acabar tornando a jogatina de muitos um pouco confusa e desanimadora, fazendo o jogador não variar muito durante toda a gameplay.
ᐳ Veredito

Sobre bugs, infelizmente o jogo acaba apresentando certos problemas em relação a diversas cutscenes, principalmente envolvendo o ato de pular elas. É muito fácil acabar ficando preso em uma pedra ou pular sem querer uma cena, e acabar tendo que fechar o jogo por causa de uma tela preta ou softlock. São poucas as vezes que isso pode ocorrer, mas esse fato ainda deve ser levado em consideração.
Fretless é uma ótima aventura para os amantes de música e jogos de turno. Um jogo que, atrás de uma história cafona, ocasionais bugs e falta de tutoriais, esconde combates que exigem estratégias leves e atenção rítmica dos jogadores.
Compartihar:
Publicar comentário