O gênero bullet heaven vive um momento de ouro desde o sucesso estrondoso de Vampire Survivors, e não faltam jogos tentando pegar carona nessa onda. Dentro dessa leva de novos títulos, Shard Squad, da brasileira The Root Studios com publicação da Nuntius Games, aparece com uma proposta charmosa, visualmente adorável e cheia de boas intenções — e, o mais importante, com personalidade própria.
Esta análise foi realizada a partir de uma cópia de Shard Squad fornecida pela Nuntius Games.
ᐳ Um mundo fofo… mas em perigo
A aventura se passa nas terras de Mellunia, um mundo ameaçado por uma energia corruptora que transforma criaturas pacíficas em hordas agressivas. Para enfrentar essa crise, pequenos seres mágicos conhecidos como Shards se unem em um esquadrão elemental. São mais de 20 personagens, divididos entre os elementos fogo, água, eletricidade, natureza e cristal, cada um com um estilo e habilidades próprias.
O contraste entre o visual bonitinho e o fluxo constante de inimigos cria uma atmosfera curiosa: acolhedora por fora, mas exigente por dentro.
Shard Squad funciona dentro da lógica clássica do gênero: você enfrenta ondas de inimigos, coleta recursos, sobe de nível e seleciona melhorias. Porém, onde o jogo realmente brilha é no sistema de sinergias. Cada Shard possui três características especiais, e combinar criaturas com atributos semelhantes libera efeitos novos, ataques adicionais e bônus poderosos.
Essa dinâmica abre espaço para composições imprevisíveis e criativas. Às vezes, um Shard simples vira peça central da sua estratégia ao ser combinado com os suportes certos. Essa ideia de montar o “time dos sonhos” faz com que cada run tenha personalidade própria.
Além das criaturas, relíquias e melhorias permanentes adicionam mais camadas à progressão. Cada partida oferece combinações diferentes de itens, incentivando experimentação e mantendo o ritmo agradável. É um loop simples, mas funcional, que segura bem o interesse — principalmente para quem gosta de testar builds.
Apesar da estética fofa, Shard Squad não hesita em aumentar a pressão. As primeiras fases funcionam como um tutorial natural, mas logo as ondas inimigas escalam, exigindo atenção e boas escolhas. Felizmente, há opções de dificuldade que deixam a experiência mais tranquila para iniciantes, sem comprometer quem busca algo mais desafiador.
O modo cooperativo local é um dos pontos mais divertidos. Dois jogadores podem montar seus próprios Shards e criar builds independentes, resultando em combinações ainda mais poderosas — e em um caos delicioso na tela. É o tipo de modo que melhora o jogo instantaneamente.
ᐳ Conclusão
Sem reinventar o gênero, Shard Squad entrega um projeto brasileiro cheio de carisma, criatividade e boa execução. A estética cativante, o sistema de combinações e a variedade de criaturas tornam o jogo fácil de recomendar para quem gosta de bullet heaven — especialmente quem busca algo mais leve, colorido e com personalidade.
SHARD SQUAD(2025)
- Visual carismático
- Dificuldade inicial alta
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