Segunda parte de epopéia espacial de Snyder é insistência infrutífera de elementos desnecessários.
Rebel Moon Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes continua contando a história de Kora e de insurgentes rebeldes contra a dominação do Mundo Mãe. Apesar de uma determinação maior em estabelecer personagens unidos por meio de uma ameaça mais concentrada, não há um sentimento de empatia forte.
Com uma ideia alá “300” de incitar uma guerra improvável e louvada pela disparidade, o método já convencional do diretor em ensaiar tomadas lentas e religiosas até consegue compreender o espírito do proletário em idealização de combate á uma formação colonialista.
Mas a narrativa possui enxerto de muitos personagens vazios e arcos que não se completam, formando um estado absolutamente superficial do poder interativo dos elementos do filme. Tudo tenta se resolver em diálogos expositivos e conexões forçadas entre os personagens.
Aqui, só um romance meio bárbaro e positivamente sutil entre Kora e Gunnar consegue suportar essa artificialidade pomposa da produção, que perde muito tempo exibindo fórmulas exageradamente densas para provocar empatia.
O que provoca uma consciente troca da evolução integral dos personagens por um fetiche vazio que os representam somente em termos de poses, frases de efeito deslocadas e exposições inacabadas de suas motivações.
É ainda uma reciclagem dos mesmos erros narrativos da primeira parte, tendo uma melhora razoalvamente considerável em termos de problemática principal, sendo mais uma filosofia prontífica á uma batalha única do que um team-up apressado e vazio, como foi o primeiro longa.
Ainda assim, superficialidade dos personagens e estética exagerada afundam mais uma tentativa do Snyder em promover qualidade na versão Netflix de Star Wars.
Obra tem traços mais firmes na problemática, mas não soa convincente o bastante para recuperar interesse.
NOTA FINAL
2
★ ★
Autor: Flávio Júnior