É sempre interessante assistir um filme que conta uma história real e se for de uma personalidade bem lá do passado, o projeto tende a ficar ainda mais cativante. Em ‘A VIÚVA CLICQUOT A MULHER QUE FORMOU UM IMPÉRIO‘, acompanhamos a origem do que é hoje o segundo champanhe mais vendido no mundo.
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Mais focado em mostrar como a personagem-título teria resistido e reagido a todos os percalços e indignações que uma mulher poderia passar na França napoleônica no início do século XXI, tentando ficar a frente de um negócio, deixando o desenvolvimento da bebida em meio que segundo plano.
A personagem é apresentada por Haley Bennet (A Garota no Trem) numa performance bem alinhada em mostrar alguém que está em profundo sofrimento e mesmo assim tem que tocar a vida e fazer algo muito difícil dar certo.
Suas expressões para denotar angústia, com a linguagem corporal rígida da época passam um desgaste emocional que é combatido pela tenacidade que é bom de se ver. Para seu esposo, François Clicquot que morreu com apenas 31 anos(Tom Sturrigde, Sandman) a performance de um homem atormentado por uma série de fracassos a atuação acabou saindo mais excêntrica do que melancólica, só ganhando real peso tétrico por conta da escolha de uma das duas versões da morte do homem real.
Também vale a menção de Bem Miles(Napoleão) como Phillip Clicquot, sogro da viúva, que é um antagonista, mas não inimigo. Apesar de todo o longa se passar na propriedade Clicquot, as poucas pinceladas no momento histórico conseguem fazer quem está assistindo se situar historicamente. Até mesmo na questão das amarras sociais da época.
O figurino diverso, apesar de muito sóbrio em cores, é bem elaborado e também situa. Um pequeno incômodo do filme é que ele não ousa mais em sua duração. Fica uma sensação de que acaba tendo um ato faltando, mostrando os resultados de todo o esforço e coragem da viúva.
É daqueles filmes que servem muito bem para nos contar uma história e gerar curiosidade, fazendo com que muitos de nós comecem a pesquisar e descubramos algo totalmente novo.
NOTA FINAL
3,5/5
★ ★ ★
Autor: Leonardo Valério
Agradecemos imensamente a Paris Filmes pelo convite!