CRÍTICA: BERNADETTE – A MULHER DO PRESIDENTE
O filme traz Catherine Deneuve mostrando que a comédia inteligente do cinema francês está mais viva do que nunca.
Uma comédia francesa com o melhor da comédia francesa. O típico toque musical de que algo cômico está para acontecer permanece o tempo todo nessa obra que nos conta no início em forma de coro de igreja que estamos prestes a ver uma “ficção”, a ascensão da Madame Chirac como primeira dama francesa, ultrapassando até a popularidade de seu marido, o presidente Jacques Chirac, durante seu duplo mandato entre 1995 até 2007, com a entrada de Nicolas Sarkozy na presidência em 2007 com o apoio da própria Sra Chirac. O discurso feminista está na moda no cinema e não é de hoje.
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A madame Chirac, lindamente feita por Catherine Deneuve, uma das grandes imortais estrelas do cinema francês, da vida a personagem que começa seu heroísmo um passo atrás de seu marido, Jacques Chirac, a presidência da França. Com o pai e a filha mais velha no comando das eleições presidenciais, sua voz de esposa nunca é ouvida e seu status de primeira dama é apenas para organização de festas e pratos chiques.
Com o boato na mídia de uma traição do marido, a Senhora Chirac se tranca no seu quarto na casa presidencial e só se abre quando vê o motorista fiel do presidente mijando em suas rosas e em sua tartaruga de estimação no jardim.
Um instinto de fúria a toma e então um trabalho de revitalização de sua própria imagem começa. O fiel porteiro lhe mostra sua imagem como ultrapassada e fria, mostrando exemplo de Lady Diana, a atual estrela da realeza europeia, com suas caridades e também relacionada a estrelas do mundo pop, causando imensa popularidade. A convencendo assim a seguir alguns passos importantes.
Em ação, madame Chirac, como é chamada o tempo todo, vê sua imagem subir nos tabloides e na TV, ganhando assim o coração dos franceses por todos os lados. Buscando atletas e artistas para aparecem juntos na mídia. Mas sua família de direita não agrada muito os artistas de esquerda, mas seu discurso e carisma começam a ir além até arrebatar a mais famosa “boy Band” francesa, os “2be3.
Inclusive o estilista Karl Lagerfeld a frente da Chanel faz uma intervenção para dar-lhe roupas novas pois o mesmo fica indignado que ela está aparecendo demais na televisão usando velhos conjuntos da Chanel, como se ele não criasse nada há décadas.
A diversão segue nas aventuras da primeira dama dando voz a importância de pensamento da mulher madura, num lugar político dominado por homens que nem sempre sabem o que esta por vir. A intuição feminina se faz presente e torna nossa heroína duas vezes mais importante. Uma pela época em que teve voz forte na França, e outra por ter a grande atriz Catherine Deneuve em plena forma de seus 79 anos para o protagonismo absoluto na atuação.
‘Bernadette‘ diverte o público do cinema, com seu conjuntinho Chanel rosa bebê da virada dos anos 89/90 até um figurino mais “moderno”, tratado por Karl para melhorar a sua imagem como uma mulher moderna.
Os telespectadores reagem muito às duas ações, suas pequenas crises de mulher importante de terceira idade, primeira dama, atrás de um homem importante, até sua ascensão de celebridade com a França e com o mundo, sendo ao contrário do início, não fria, mas assertiva e com muitos pitacos políticos, bem cirúrgicos, sua presença na política e até autobiografia. Nos mostra que as mulheres estão em pé de igualdade, e que o poder vem mudando pouco a pouco, e também que a França segue firme sendo revolucionária em revolucionar o mundo.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Herbert de Souza
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