Desde quando a sequência foi anunciada como musical vem causando comoção e desconfiança, em meio a repercussões negativas o diretor chegou a afirmar que não se tratava de um musical como estavam imaginando. Isso causou diversas discussões na comunidade cinéfila pelo fato dos estúdios estarem escondendo projetos musicais, muito provavelmente por medo da rejeição do público. Agora chegou o momento de tirar a prova real e realmente é bem diferente dos musicais tradicionais assim como mencionado por Todd Phillips anteriormente.
Confira nossas outras críticas:
O principal problema do longa está em seu texto que não consegue se sustentar por si só como um musical, como drama psicológico assim como seu antecessor e tampouco como sequência. Seu texto se escora muito na narrativa do longa anterior, até tenta inserir novos elementos à trama mas falha até nisso, e mesmo com um elenco de peso, seu desenvolvimento é confuso e sem foco.
Seu primeiro ato é fenomenal e traz uma sensação nostálgica, por ser uma sequência direta, o longa se inicia exatamente no mesmo cenário da cena final de seu antecessor. Infelizmente seu desenvolvimento se torna previsível e sua narrativa vai se esvaziando a cada cena, nem mesmo o personagem principal ganha destaque ou adiciona novos elementos para a trama.
Mesmo com os sérios problemas de roteiro, o longa é inegavelmente um deslumbre visual impressionante, apesar do texto não levar a lugar algum enquanto narrativa social, moral ou emocional. Se estabelece com um magnífico design de produção, uma ótima fotografia, assim como seu design de som e sua trilha sonora.
As atuações são realmente notáveis, porém Joaquin Phoenix entrega uma atuação menos memorável dessa vez, enquanto Lady Gaga e seus números musicais entrega números musicais excelente mas sua personagem carece de desenvolvimento, assim como os personagens secundários que não se mantém cativantes e vão se tornando cada vez mais desinteressantes.
O segundo ato apesar de cenas impactantes, é monótono e com uma carga emocional fraca e angustiante, seu foco está inteiramente em Arthur Fleek e Lee Quinzel com seus diálogos absurdos e excêntricos números musicais pouco atraentes. Alguns elementos se sobressaem em meio ao texto previsível e sua narrativa confusa, como belíssimos figurinos, cenas com movimentos de câmera suaves e ao mesmo tempo rápidos e enquadramentos sensacionais.
Apesar de ser pouco inspirado, confuso e desnecessário, acaba sendo um longa independente e mesmo com um roteiro fraco, Todd Phillips mostra que é um diretor consagrado e consegue entregar um projeto sólido e o mais artístico de sua filmografia.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: Weslley Lopes
Agradecemos a Warner Bros Brasil pelo convite!