CRÍTICA: ANÔNIMO 2
Hutch decide dar um tempo do trabalho para entrar de férias e se reconectar com sua família. Infelizmente, sua natureza de assassino não o deixa em paz nem em situações assim, o obrigando a lidar com uma grande traficante mundial dentro de uma cidade do interior.
A premissa do filme já prometia um maior destaque para os membros da família de Hutch, que no longa anterior faziam seu papel básico de vítimas ou risco para o protagonista. Na sequência, o público pode esperar um leve aprofundamento na relação entre os membros, como o filho que quer ser como o pai, a esposa que se sente tendenciosa a acabar com o relacionamento, etc. A produção proporciona diversos momentos familiares calmos, mas também nos entrega cenas de ação em conjunto que funcionam bem.

Falando na família, o filme adiciona ao seu elenco o grande irmão de Hutch, que acaba sendo só jogado na trama repentinamente, aparece em tela com mais velocidade ainda e não serve de absolutamente nada, no máximo para uma curta cena de ação com espadas que é aproveitável. Grande parte dos novos personagens apresentados aqui também segue essa linha, sejam os vilões genéricos que amedrontam o protagonista com ameaças leves ou os aliados simples que não sabem como lidar com as situações de um tiroteiro.
Apesar disso, o filme tem uma ação geral excelente que se equipara com a do primeiro, contando com diversos momentos criativos e engraçados que dão o charme para essa produção, com combates contendo acessórios mais exóticos em comparação com outros filmes modernos do gênero. Inclusive alguns desses momentos foram sugestões do próprio Bob Oderkirk (Hutch), como a maravilhosa cena no barco de patos.

O ápice da criatividade vem na grande batalha final, que de grande só tem o espaço onde ela se passa. Mesmo acontecendo dentro de um parque aquático, toda essa última sessão do filme acaba ficando entediante e previsível, graças a montagem que já havia entregado todos os truques dos protagonistas antes da luta começar. Somente no finalzinho, quando as coisas fogem do controle dos heróis, que a ação volta a se tornar empolgante, mas apenas por um breve momento.
Anônimo 2 conta muito bem uma história simples, que agrada bem o espectador, mas não entrega quase nada além do esperado, as vezes até decepcionando por momentos aleatórios feitos para preencher a vontade de vermos alguma porradaria diferenciada.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: Bruno Navarro
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