CRÍTICA | BRIDGET JONES: LOUCA PELO GAROTO
E lá se vão 24 anos desde a primeira adaptação de um livro da Bridget Jones e agora temos em seu quarto filme, não só um elenco mais maduro, mas também as atuações e o roteiro. A sensação que dá é de profundo entendimento do universo de Jones, assim como estilo e maneirismos de todos os personagens.
A trama, que tem uma forte pegada na resolução do luto e aquele impulso de seguir em frente, se esquiva do que poderia ser um batido triângulo amoroso e coloca cada relacionamento como uma etapa necessária para a recuperação de Bridget (Renée Zellweger, Oscarizada por Judy: Muito Além do Arco-íris, 2019), que esbanja carisma com seu jeito desajeitado e sempre nervosa, quase a beira de um ataque de nervos, mas extremamente perspicaz, mesmo que bastante insegura e Zellwegger entrega muito com a sua interpretação.
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Aliás, todo o filme é carregado daquele humor britânico, sempre um pouco mais ácido, irônico com textos rápidos com diálogos envolvendo múltiplos personagens, que faz todo mundo funcionar muito bem. Um bom exemplo é o ápice de Daniel (Hugh Grant, Herege, 2024), lascivo e péssimo exemplo e por isso mesmo, fazendo rir em todas as cenas em que aparece em uma das atuações mais despojadas e divertidas de Grant.
O humor, peça chave dos filmes Bridget Jones, nessa produção se afasta das cenas de comédia por constrangimento físico e foca mais nas situações simples que por um pequeno sopro de absurdo podem se tornar engraçadas de uma maneira escatológica. Do mesmo jeito que uma conversa em que um se mete na intimidade do outro, ou se expõem demais, ou todos se metem na intimidade da protagonista é capaz de fazer gargalhar com vontade só com troca de frases.
E de vários momentos nesse estilo com todo o elenco, vale destacar os ótimos diálogos com a Drª Rawlings (Emma Thompson, Cruella, 2021) que são breves, porém perfeitos. Colin Firth (Kingsman: A Origem, 2021) dá o ar da graça para a âncora dos momentos melancólicos e emocionais, no qual se alicerçam o “Toy-Boy”, Roxter (Léo Woodall, The White Lotus) que é o responsável pelo deleite visual que se pode ter ao observar o corpo masculino.
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E o Sr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor, 12 Anos de Escravidão, 2013), que preenche as outras lacunas além da atração física. Todos os personagens funcionam bem na história e tem sua função e execução bem determinadas. O único porém é a acelerada nos relacionamentos no final, mas não chega a comprometer o entretenimento.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Leonardo Valério
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