CRÍTICA | SING SING
Preso por um crime que não cometeu, Divine G encontra um propósito na vida ao atuar em um grupo de teatro junto com outros detentos, incluindo um novato (Clarence Maclin) desconfiado da situação. Baseado em uma história real, o filme é indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator (Colman Domingo) e Melhor Roteiro Adaptado.
Colman Domingo entrega uma atuação que te mexe e balança como uma música, passando desde seu choque por ser preso injustamente até a descoberta dos talentos artísticos dentro da prisão. Entretanto, não é só Colman que brilha na atuação aqui. O verdadeiro Divine G tem uma leve participação especial fazendo um papel bem competente, mas os holofotes também brilham sobre o astro do grupo, Clarence “Divine Eye” Maclin, um cara durão que foi transformado por seu encontro com Shakespeare, que aqui também interpreta a si mesmo de uma forma tocante e maravilhosa.
A maioria dos outros papéis também são interpretados por ex-presidiários, enquanto o diretor do grupo, Brent Buell, é interpretado por Paul Raci, que consegue também entregar um nível de compaixão com sua atuação digna de uma indicação ao Oscar.

A trama do filme é muito bem escrita e exposta na tela, fazendo o expectador se sentir em uma montanha russa, provocando a sensação de emoções em um nível tão profundo que você nem sabia ser possível sentir vendo um filme. Você sente a vibração e a emoção do filme como se estivesse na sua festa de aniversário com seus amigos mais próximos, e sente tensão como se um tigre estivesse prestes a te devorar.
A fotografia aqui é excelente, algo para se admirar por causa de seus planos e sequências emocionantes. Juntando isso com o design de produção, que cria um ambiente de prisão diferente de tudo o que já vimos, e que nos transporta para um local cheio de tristeza e alegrias mistas em cada cena, com a direção de Greg Kwedar, que se esforça em tornar todas as cenas do filme em obras de artes de museu, e com uma edição frenética acompanhada de uma trilha sonora digna de espetáculo da Brodway, temos uma combinação estética e técnica orquestrada para atingir a perfeição.

Desde sua abertura cativante ao seu final emocionante, este filme pode não tocar todos os espectadores no coração, mas para aqueles que sentirem o toque de Sing Sing, seu coração e sua alma subirão até o topo do seu corpo.
NOTA FINAL
5/5
★ ★ ★ ★ ★
Autor: Bruno Navarro
Agradecemos a Diamond Filmes pelo convite!
Confira outras críticas:
- CRÍTICA; THE ALTO KNIGHTS: MÁFIA E PODER
- CRÍTICA: BRANCA DE NEVE
- CRÍTICA: AMIZADE
- CRÍTICA: CÓDIGO PRETO
- CRÍTICA: O MELHOR AMIGO
- CRÍTICA: SEM CHÃO
Compartihar:
Publicar comentário