CRÍTICA: MANAS

CRÍTICA: MANAS

CRÍTICA: MANAS

Em seu novo longa-metragem, Mariana Brennand Fortes conduz o público por entre os desafios da vida de Marcielle – interpretada por Jamilli Correa – e de sua família, em meio à sensível realidade da Ilha de Marajó, no estado do Pará.


Há um carinho evidente na mise-en-scène da obra, aliado a um cuidado minucioso na escolha do que revelar e do que manter fora de cena. A direção é honesta e meticulosamente pensada. Em “Manas”, a câmera vai além de seu papel como narradora, ela também se torna uma personagem. Seus posicionamentos mergulham o espectador na narrativa, criando a sensação de que estamos lado a lado com Marcielle e sua família durante toda a trajetória do filme.

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Imagem: Bodega Film

Além de tudo isso, a fotografia de Pierre de Kerchove, a qual anda de mãos dadas com a direção, também diz muito a respeito da narrativa. As cores da película são cruas, nada muito saturado e/ou colorido, parece haver uma falta de coloração, um cenário cinza e existe uma possível mensagem por trás disso: A fotografia “sem filtro” diz respeito a verdade bruta da vida, que ela é isso mesmo que se vê, principalmente no contexto da obra.

Há uma ausência de sentimentos concretos, uma espécie de inércia emocional que se manifesta, sobretudo, através das cores. O filme possui, de fato, algumas cenas que são exceções a esse ponto, como quando Marcielle e sua amiga Cíntia vão a festa dançar. Este é um dos únicos momentos do filme que tudo é colorido, pois enfim a protagonista experimenta uma emoção genuína e palpável: a felicidade – ainda que efêmera – em meio ao caos que define sua vida.

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Imagem: Bodega Film
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Imagem: Bodega Film
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Imagem: Bodega Film
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Imagem: Bodega Film

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