CRÍTICA: O HOMEM DO SACO
O HOMEM DO SACO, parte de um personagem do folclore quase que mundial para tentar contar uma história de terror, sem muito sucesso. Apesar de abertura do filme mostrar uma cena até impactante, o filme não avança muito daí.
Passa boa parte de seus 93 minutos tentando criar uma atmosfera assustadora sem êxito. Geralmente, filmes do gênero que não abusam de “jump scare”, é um indicativo de que o filme abre mão do susto barato, em favor do pavor crescente. Mas ao não conseguir envolver o espectador na trama, que vai ficando cada vez mais enfadonha, os sustos baratos começam a fazer falta.
Na verdade, qualquer coisa que afastasse o tédio seria bem vinda. Nem mesmo a sub trama de problemas financeiros e uma chance de guinada do protagonista mantém o espectador no longa. Outra coisa que poderia ser indicativo de um bom filme e nesse acaba sendo um calcanhar de Aquiles é o elenco enxuto. Com poucos personagens automaticamente o número de cenas com vítimas também fica reduzido. Aliás, se o filme tivesse menos uma vítima, poderia perder a característica de um filme de terror.
Infelizmente a história também não ajuda, já que se não há um impacto sensorial com cenas de terror, coisas como origem, desenvolvimento e conclusão do antagonista poderiam se sobressair, mas as informações de origem são muito escassas e não dão muito material para quem está assistindo imaginar algo palatável que preenchesse as lacunas.
Sobre o elenco principal, não havia muito o que fazer com o material, mas Sam Claflin (Enola Holmes, 2020), como Patrick Mckee, um homem tentando recomeçar a vida com a família enquanto revive traumas do passado, se sai bem, mesmo que a maioria das cenas sejam bem insípida, ele se esforça para passar uma tensão genuína. Antonia Thomas (The Good Doctor), dá vida a esposa de Patrick, Karina numa atuação bem burocrática, ajuda pouco ao filme, mas também não atrapalha.
Por incrível que pareça, alguns momentos legais, que te chamam para o filme, são as cenas com o filho do casal, Jake (Caréll Vincent Rhoden), que por ser um bebê, tem o carisma natural da tenra idade. Sobre o vilão, o tal do saco aparece bem mais que ele e isso já diz muito.
NOTA FINAL
1/5
★
Autor: Leonardo Valério
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