Desenvolvido pela BTF Games, Constance é um metroidvania desenhado à mão que aborda temas de saúde mental, como burnout e ansiedade, mostrando como esses problemas afetam sua protagonista.
Esta análise foi realizada a partir de uma cópia de Constance fornecida pela BTF Games.
Aqui controlamos Constance, uma jovem artista em um momento delicado da vida. Desde cedo ela lidou com muita pressão e, agora adulta, sente-se cada vez mais próxima do limite, desgastada pelo trabalho e se distanciando cada vez mais daqueles ao seu redor.
A história é apresentada de duas formas: nas cutscenes obtidas ao conseguir lágrimas, que mostram de maneira direta o estado emocional de Constance, e durante a gameplay, que se passa em seu subconsciente. Nesse espaço mental, tudo é mais simbólico, mas ainda assim é possível reconhecer seus conflitos. Cada personagem que ajudamos representa um problema interno sendo resolvido. A narrativa é simples, clara e trata temas sensíveis de um jeito acessível.
O game design reforça muito bem essa abordagem. A mente conturbada de Constance aparece nos cenários, na estrutura das áreas e nas mecânicas. A gameplay também se destaca e chega a lembrar metroidvanias renomados. O combate e a exploração usam de forma criativa a mecânica da tinta, que e o elemento que usamos para nossas habilidades. Ela funciona como um recurso poderoso, mas que, quando usado em excesso, drena a barra de vida — uma possível metáfora para quem ultrapassa seus próprios limites.
Há ainda a opção de continuar exatamente do ponto da morte, sem retornar a uma área segura, o que aumenta a dificuldade. Essa escolha também reflete a ideia de insistir mesmo exausta, assumindo o risco.
Visualmente, Constance impressiona. Os cenários e personagens têm personalidade, a direção de arte é marcante e o áudio acompanha bem a experiência, com trilhas agradáveis e efeitos sonoros satisfatórios.
No quesito técnico, o jogo roda de forma estável, sem bugs ou travamentos, e exige pouco da máquina, funcionando até em PCs mais fracos.
ᐳ Conclusão
Como metroidvania, Constance é envolvente, bonito e bem construído. Sua história funciona e trata o tema central com cuidado, mas o jogo é curto e deixa a sensação de que poderia explorar mais a vida e a mente da protagonista. As cutscenes são poucas e o que vemos durante a gameplay é bastante interpretativo, o que reforça essa impressão.
Mesmo assim, para quem procura um bom metroidvania e um jogo com uma abordagem sensível sobre saúde mental, Constance é uma excelente escolha.
CONSTANCE(2025)
- Boa gameplay
- Boa história
- Bons gráficos
- Pouca duração
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