Depois de 8 episódios de acertos e erros, todos os episódios de Acolyte, a nova série de Star Wars, estão disponíveis no catálogo do Disney+.
Já vou discordar de grande parte do fandom e de muitas críticas porque o que eu mais gostei foi que eles foram na contramão de muito do cânone e ousaram. A série fez questão de frisar que os Jedi não são seres superiores, e sim seres com conflitos que têm de lidar todos os dias com o controle dos seus sentimentos e com a política interplanetária.
Esse tom de cinza para os Jedi me deixa mais confortável do que a auréola de super-bondosos que a trilogia inicial pregava nos anos 70, e que para a época fazia todo sentido. E entre esses Jedis cinzas estar o nascimento dos Siths faz todo sentido.
O maior erro da série está em dois fatores: direção preguiçosa e diálogos narrativos, muitas vezes desnecessários ou descritivos. Outro ponto fraco foram as quebras narrativas com episódios inteiros de flashbacks, uma forma bem preguiçosa e fácil de se explicar o passado dos personagens.
Mas, para mim, o ponto alto fica com o elenco! Todos carismáticos e convincentes, mesmo com muitos dos diálogos não ajudando muito. É legal que, mesmo com pouco tempo para desenvolver, o relacionamento de Osha (Amandla Stenberg) e Qimir (Manny Jacinto) tinha muita química, e o final trágico ficou evidente desde que se encontraram como inimigos.
Também destaco a Indara, interpretada por Carrie-Anne Moss, que apareceu pouco, teve uma morte tosca nos primeiros minutos do episódio 1, mas que quando voltou brilhou e se tornou uma personagem-chave para se entender a trama.
Enfim, mesmo que os antigos fãs não gostem, Acolyte tem potencial para atrair uma nova geração interessada em uma história mais cinza do que a tradicional luta entre bem e mal.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: Daniel Castilhos