Essa semana tive a oportunidade de assistir a Mar em Chamas, um dos lançamentos de setembro no streaming, a convite da Adrenalina Pura.
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O nome Adrenalina Pura indica seu foco em filmes de ação, terror e suspense. Em vez de ser uma plataforma independente, opera como um canal integrado a serviços como Amazon Prime Video Channels.
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Para poder desenvolver o campo de petróleo e gás Ekofisk, o governo norueguês construiu o que era então a maior plataforma de perfuração offshore do mundo. Mas então a plataforma afunda em um inferno na costa.
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Sinopse de “Mar Em Chamas”, um filme de ação, voltado à nomenclatura de obra de catástrofe. O longa de John Andreas Andersen nos coloca frente a frente a uma projeção de resgate, onde conhecemos Sofia (Kristine Kujath Thorp), uma investigadora que realiza trabalhos de perícia na costa da Noruega, em busca de respostas sobre uma plataforma petrolífera que afundou por lá. A iminência de um caos maior parece vir à tona quando ela e os demais investigadores começam a detectar sinais preocupantes no oceano, indicando a consequência de anos de exploração.
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No geral, a obra se estimula basicamente em questões mais superficiais de conflito, que partem de Sofia perante os investigadores, principalmente o supervisor-chefe da exploração de perícia, William Lie (Bjørn Floberg). Os embates mais proeminentes vêm de uma ideia de lamento da personagem pelas mortes de trabalhadores nessas plataformas e sobre como agir num futuro próximo, enquanto a decupagem concilia a urgência meio lenta com um envolvimento familiar oportuno, representado pelo marido de Sofia, Stian (Henrik Bjelland), por seu filho Odin (Nils Elias Olsen) e seu grande amigo e também pesquisador oceânico, Artur (Rolf Kristian Larsen).
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Não que essa progressão seja ruim, mas nada é tão profundo assim para invocar estímulos ou reflexões maiores. A cerne da natureza evadida e, consequentemente, respondente à exploração discriminada do homem é posta como questão, só não tem tanta densidade como poderia ter. O direcionamento do filme é mais voltado na construção de um clímax interiorano entre os personagens para impactar.
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O macro de uma crônica mais densa é desacoplada para a interação de uma descrição mais razoável e comportada dos problemas ambientais, como obviedades passíveis de atenção dentro de um cenário novo de trabalho petrolífero (algo que não é tão explorado assim nos principais cinemas do mundo).
Mas faz muito bem a execução do clímax da história, se assumindo abertamente como um frenesi de ação, que se não chega a compensar a regularidade por vezes incômoda de sua narração, ao menos se descamba positivamente para a tensão dramática e iminente para ilustrar uma crítica de adequação alarmista. No caso, a política não só norueguesa, mas também do mundo, de sustentar a exploração da natureza como uma ação inconsequente de um futuro que quase sempre é trágico. Só faltou ser mais profundo.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: Flávio Júnior
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