A Filha Do Palhaço é sensível, mas também incompleto.
A Filha Do Palhaço é um drama que se concentra no diálogo entre dois personagens: o pai, Renato, interpretado por Démick Lopes, e sua filha, Joana, interpretada por Lis Sutter.
Acompanhamos a história de Renato, um artista que dá vida à personagem Silvanelly, realizando shows em bares e contando piadas. Em meio a isso, ele reencontra sua filha, de quem estava afastado há bastante tempo. A história busca reatar os laços perdidos entre eles, enquanto aborda questões íntimas envolvendo ambos.
Existe a tensão de elaborar uma nova conexão entre eles através da compreensão e justificativa do mundo, principalmente a partir do pai, um amor fora dos padrões e uma confusão de identidade que parte de si próprio.
A filha acaba não representando muita coisa por si própria, sendo um componente de melodrama mal encenado que a figura do pai tenta minar, levando a um debate mais acolhedor sobre a homossexualidade e uma apatia convencional de paternidade conflituosa.
O filme tem sensibilidade, mas é muito regrado. Mantém-se no lado mais fácil da interação, convenientemente aquele com o qual a manifestação artística traz boas referências.
Mas não consegue tramar bem o lado respondente a isso, o lado da filha.
É uma ideia incompleta que, na dúvida e no esfriamento de qualquer coisa a mais que o filme quis aludir, caiu no drama afetivo clichê sem muita emoção.
NOTA FINAL
2,5
★ ★
Autor: Flávio Júnior
1 Comentário
[…] concentrada abordagem dramática de pai e filho, que talvez fosse emular a mesma zona temática de A Filha Do Palhaço ( Pedro Diógenes ) outro filme cearense que se tornou popular recentemente, mitigando a […]