CRÍTICA: HEREGE

“Herege“, o novo filme da A24, é um filme corajoso, mas ao mesmo ele perde oportunidade de ser ainda mais!

Grande parte do filme se escora apenas na atuação de Hugh Grant, Sophie Thatcher e Chloe East. A 1° hora dele é basicamente uma discussão entre esses 3 personagens e é tão imersivo que quando você percebe, já tá na metade do filme.

Isso é um grande mérito dos atores obviamente, mas também é graças ao excelente trabalho dos diretores Scott Beck e Bryan Woods. Que sabem como imergir o expectador nessa narrativa, sempre usando closes e planos fechados, com movimentos sutis de câmera, é um espetáculo!

Essas discussões estabelecidas no filme vão sempre pra um lado filosófico e religioso que de fato me pegou de surpresa, o roteiro é muito bem pensado para construir bons argumentos em ambos os lados dessa discussão e não só isso, mas também para desenvolver seus personagens a partir de micro situações.

Infelizmente, na 2° hora de filme eles se perdem quando decidem por em prática todos os pontos dessa discussão ao invés de manter eles no campo da especulação, é quase como uma explicação da piada.

Então além de estragar a construção excelente que foi feita até aquele momento, o filme também perde muito o ritmo e acaba cansando bastante o expectador. Além de ter um final que é realmente decepcionante.

No fim, “Herege” se consolida como um dos grandes filmes de terror de 2024, mesmo tendo uma 2° metade bem fraca.

NOTA FINAL

4/5

★ ★ ★ ★

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Autor: Daniel Louback

Agradecemos a Diamond Filmes pelo convite!