CRÍTICA: KASA BRANCA
KASA BRANCA, de Luciano Vidigal, é um excelente exemplo de como o cinema independente brasileiro pode brilhar quando recebe uma boa distribuição. O diretor nos transporta de forma tocante para o universo de Dé (Big Jaum), cativando o espectador em cada cena.
Na trama, Dé enfrenta o desafio de cuidar sozinho de sua avó, que está em estado terminal de Alzheimer. Com o abandono da família, ele conta apenas com o apoio de amigos e vizinhos. O filme aborda, acima de tudo, o amor, a amizade e a responsabilidade, apresentando essas questões de forma realista, algumas vezes até cruel, mas sempre genuína.

A vida na comunidade carioca onde Dé mora é retratada sem caricaturas ou sensacionalismo, transformando o ambiente em um personagem à parte, com um papel vital na narrativa. Todos os personagens são bem desenvolvidos e nos tocam profundamente com seus dramas e suas relações humanas.
A fotografia do filme é simples, sem grandes artifícios, mas extremamente eficaz. Ela enquadra os personagens de maneira honesta e despretensiosa, o que combina perfeitamente com a proposta da história. A direção é precisa e transborda emoção, assim como o restante da obra.

O elenco é simplesmente arrebatador. KASA BRANCA é um filme surpreendente, que merecia um material de divulgação mais robusto para alcançar o público que realmente merece.
NOTA FINAL
4,5/5
★ ★ ★ ★ ★
Autor: Daniel Castilhos (Diretor e roteirista)
Agradecemos a Vitrine Filmes pelo convite
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