Este não é o primeiro e nem será o último filme de ação a se passar dentro de um trem, mas essa produção Indiana já conquista um destaque por sua singularidade.
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Com uma história base bem simples, com um relacionamento proibido, estar no lugar errado na hora errada e uma horda de bandidos. O longa usa 99% de seus 105 minutos para jogar na tela cenas de ação frenéticas, com lutas claustrofóbicas que com certeza exigiram muito dos atores. E muito desse empenho se traduz em coreografias empolgantes principalmente da dupla de “heróis” Amrit (Laksh Lawani) e Viresh (Abhishek Chauhan), soldados de elite que se vêem em um trem com mais de 40 bandidos para enfrentar. E o mote dessas lutas é a originalidade.
Os embates são muito bem pensados em seus golpes e contragolpes, auxiliados por ângulos de câmeras muito fechados, dando a sensação de que o espectador está em um beliche do lado ou encolhido no chão enquanto a pancadaria rola solta.
E o que não faltam são formas diferentes de infligir um ferimento ao oponente, assim como qualquer coisa nos vagões podem virar armas. Desde malas, lençóis, facas, pés de cabra, machados, extintores de incêndio e até mesmo um isqueiro, para citar alguns. E toda a violência gerada vai escalonando e mudando de estilo, de uma defesa e luta pela sobrevivência, para uma agressividade vingativa com boas doses de sadismo, graças ao provocativo Fani (Raghav Juyal) um dos líderes dos assaltantes e o pior deles.
Fãs do gênero vão se esbaldar com essa produção Bollywoodiana que foca no seu propósito, que é entregar o entretenimento do estilo sem tentar reinventar a roda. Sobra até um momento para o pieguismo do cinema indiano, esticando tanto o momento com expressões e câmera lenta que acaba saindo do tocante para o quase hilário. Enfim, está tudo lá.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Leonardo Valério
Agradecemos a Paris Filmes pelo convite!