A ideia de fazer um filme, sobre a produção de um filme, que parece um remake de um dos filmes mais “cult” de todos os tempos, pode ser tanto uma boa ideia, quanto um tiro no pé.
Será uma boa ideia, se a execução for bem feita, então referências serão consideradas homenagens e qualquer coisa copiada será considerada inspiração. Mas, se a execução não for boa, as referências irão ser usadas para fazer comparações e o que for copiado será taxado de falta de inspiração.
Em ‘O Exorcismo‘, infelizmente ficamos com o segundo exemplo. A ideia de se fazer um filme remake de um “filme de exorcismo” é até ridicularizada por um personagem, lembrando uma piada de slasher movie. Como muitos filmes sobre exorcismo ou enfrentamento de demônios tem uma aura de amaldiçoados, não podemos negar a perspicácia de uma história passada em uma produção dessas, porém tirando esse lampejo de inspiração, o resto é no mínimo descartável.
Russell Crowe (eterno Maximus de Gladiador, 2000) no papel de Anthony Miller, um ator com problemas com álcool e drogas que vê no filme uma chance de se restabelecer, simplesmente é o mesmo personagem em todas as tomadas, não importa se é o ator, se é o padre que o ator interpreta ou mesmo o demônio que o possui.
Zero inspiração ou vontade transmitidas, a sensação que se tem é que está cumprindo uma obrigação contratual. Os outros atores que o gravitam também não ficam muito longe. Lee (Ryan Simpkis) com aquele típico comportamento de adulto que não amadureceu com uma relação insossa e mais que previsível com (Blake) Chloe Bailey).
Falando em previsibilidade, logo no começo do filme você já vê onde ele vai terminar, como e porquê, o que poderia ser uma boa antecipação de clímax, se a execução não fosse tão tosca.
Simplesmente um dos exorcismos mais insipidos da história do cinema, com “reviravoltas” claramente previsíveis, que tiram todo o impacto da cena, mas nesse momento já se desistiu do filme e esse momento serve para lembrar de que os créditos finais estão próximos.
NOTA FINAL
2/5
★ ★
Autor: Leonardo Valério
1 Comentário
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