CRÍTICA: RED VELVET HAPPINESS DIARY: MY DEAR, REVE1UV

Happiness é a música estreia de Red Velvet, uma girl band que ganhou estrelato em 2014 e que subsequentemente emergiu no Kpop como uma das bandas mais referenciadas ocidentalmente.

Como uma sacada industrial que vem fisgando vários artistas nos últimos tempos, a banda decidiu repartir uma biografia central em torno da canção Happiness e do encaixe da banda em forma de filme concerto, levando pros cinemas a experiência sonora do grupo.

Filmes concertos valham por ser avaliados pelo retoque de produção e por um senso narrativo ilustrativo, já que o engajamento com a proposta varia muito da conexão sentimental do público com a banda e as músicas.

Particularmente, gosto em certa medida do KPop, não acho que existe um limbo entre ele e o Pop ocidental. Existe mais uma variação estilística em questão de apresentação, no qual, em um prisma de produção enfática, a dupla Oh Yoon-Dong e Kim Sun Yung , captam bem essa necessidade estilística da banda em parecer teen Girls em performances sincronizadas.

O aspecto documental se faz presente, sendo determinante para preencher lacunas entre um show e outro e trazer um quê de nostalgia biográfica para a banda, exemplificando cada relação e arquitetando o conhecimento geral sobre o grupo.

O longa contém uma dose de emoção pelos registros que pega das integrantes e histórias de amizade interessante, ao passo em que perfila diversos shows desde o início do grupo até a fase atual, tratando de enfatizar a música Happiness como um sentido de berço para toda aquela construção.

Em um modelo tradicional de filme- concerto documental, o longa sobre a Red Velvet empolga subjetivamente os fãs da girl group, enquanto busca conectar novos. É um investimento medido muito mais pelo afeto prévio do que por uma qualidade técnica transcendental. Coisa que não existe necessariamente.

O longa não extrapola nenhuma convenção exigida dentro desse formato de filme, como também não deve muita coisa. Faz o básico com o material arquivístico que tem, e deixa que a documentação fale por si só. Com a interação das meninas, os shows que elas performam no mais alto nível característico da balada Kpop e suas declarações acerca de seu trabalho.

Um filme que irá agradar quem já está agraciado com o sujeito do tema e com um bom potencial de reunir a universalidade admiradora do Pop Coreano.

NOTA FINAL

4/5

★ ★ ★ ★

‎

Autor: Flávio Júnior

Confira outras críticas:

• 
  CRÍTICA | Devil May Cry (Netflix)
• 
  CRÍTICA: SERRA DAS ALMAS
• 
  CRÍTICA; LOONEY TUNES: O DIA QUE A TERRA EXPLODIU