CRÍTICA: SANEAMENTO BÁSICO – O FILME

Para conseguir um benefício monetário que pode salvar o saneamento básico de uma pequena cidade, moradores dela se unem para produzirem um curta metragem, mesmo não sabendo absolutamente nada sobre como é produzir um.

“Saneamento Básico, o Filme” é uma grande obra do ͏cinema brasileiro q͏ue m͏escla humor com críticas sociais de um jeito especial. O longa dirigido por Jo͏rge Furtado foi originalmente lançado em 2007, mas agora em 2025 recebe sua remasterização digital para uma proporção 4K.

Mesmo com sua aparência e premissa simples, a produção traz consigo um charme de interior. Humor cotidiano, críticas ao governo que qualquer vizinho poderia fazer e uma trama que se desenrola calmamente, mas que demonstra a pressão sobre os protagonistas. Tudo isso prova que as vezes, menos é mais

A metalinguagem usada por Furtado, ao mostrar um filme sendo feito dentro de um filme, nos faz refletir sobre o valor da cultura e do trabalho em grupo e as produções nacionais. Em tempos que o cinema nacional está em mudança, é bom olhar para o passado e ver um caso como “Saneamento Básico”, que mostra que ainda é de extrema importância mantermos a vontade de contar boas histórias com imaginação coração ͏e pouca grana.

O filme carrega também um elenco de peso: Fernanda Torres se destaca como a firme Mariana, e Wagner Moura, fazendo um papel mais discreto e charmoso, mostra sua capacidade para entregar comédia e paixão por Mariana, apesar de todas as brigas. Os coadjuvantes também brilham aqui como Camila Pitanga, Lázaro Ramos e Bruno Garcia. Todos adicionam ao bom humor do grupo com suavidade e jeito cômico certeiro.

Saneamento Básico: O Filme é uma obra simples, mas que trabalha perfeitamente cada um de seus aspectos, conquistando maravilhosamente a risada e a atenção do espectador enquanto faz críticas suaves.

NOTA FINAL

5/5

★ ★ ★ ★ ★

Autor: Bruno Gamba