CRÍTICA: SHADOW FORCE – SENTENÇA DE MORTE
O diretor Joe Carnahan (Bad Boys Para Sempre 2020) com Shadow Force: Sentença de Morte, parece tentar emular os filmes de ação que eram “hit” nos anos 90 adicionando algumas pitadas de filme de espião, como as viagens ao redor do globo naquele costumeiro jogo de gato e rato, mas sem conseguir se aproximar da emoção passada pelos clássicos, pois além do estilo já ser meio batido, o longa conecta bem pouco com o espectador.
Partindo de um casal que tenta abdicar de fazer parte de um grupo de agentes/mercenários de elite para viver em família, mas para isso tem que enfrentar o seus antigos companheiros pois, pasmem, o líder Jack Cinder (Mark Strong, Cruella, 2021) está com dor de cotovelo (?!) então atiça seus super assassinos para dar cabo da dupla. Um dos problemas é que esses assassinos são vendidos como a coisa mais difícil que eles poderiam enfrentar, mas ao longo da produção, se revelam quase patéticos gerando um verdadeiro anticlímax.
O casal de mocinhos também não sai impune, na verdade, mais o personagem Isaac (Omar Sy, série Lupin, Netflix), que no começo aparenta ter uma habilidade especial e que praticamente não é explorada na história. Ao menos suas interações com o filho, KY (Jahleel Kamara), dão momentos bem humorados e são um dos poucos acertos do filme. Já sua companheira, Kyrah (Kerry Washington, Django Livre, 2012), essa sim é uma máquina de guerra de uma mulher só, mas tem um motivo bem tosco para ser ela a escolhida para tomar as atitudes e com isso muito dos seus diálogos para se justificar perdem muito da força e acabam ficando sofríveis, mas pelo menos as suas cenas de ação são as melhores.
Entre uma ação e outra só sobra tentar se manter acordado enquanto vê decisão preguiçosa atrás de decisão preguiçosa, para que as coisas aconteçam em direção ao “clímax” do final. Ora com causalidades muito óbvias, ora com flagrantes desleixos de roteiro que surpreendem até quem não está prestando atenção. Sério, quem manda o filho tapar os ouvidos em um tiroteio, mas não manda se jogar no chão? Até o “grupo de apoio” que é um clichê de um filme de espionagem, parece bem amador na prática, mas na teoria é passado como excepcional.
Da’Vine Joy Randolph (Os Rejeitados, 2023) que me perdoe mas, não convence nem um pouco como agente de campo e Avery (Method Men, série A Escuta, HBO) parece estar na história só para ter uma piadinha que lembre ao mundo que o ator/rapper foi membro do celebrado grupo Wu-Tang Clan uns 30 anos atrás. Shadow Force ficará para os curiosos do streaming que gostem de um ou outro ator.
NOTA FINAL
1,5/5
★ ★
Autor: Leonardo Valério
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