CRÍTICA: SOL DE INVERNO
Numa métrica que imprime delicadeza a cada tomada, Hiroshi Okuyama se sente á vontade para exemplificar situações familiares e sonhos competitivos. Em Sol De Inverno, que brilhou no Festival de Cannes, essa combinação de suavidade com energia de conflitos internos cria um grande reflexo analítico da vida como um todo.
Vida essa que se transforma através das modulações do inverno e em como o frio vai eventualmente aumentando relações num compasso bem interessante de notar.
A fotografia se monta por esses retoques de sombra e iluminação focal, que a quase todo momento, quer refletir uma ideia de temperatura, mesmo em um ambiente bastante frio.
Nessa história de nuances através das estações e de suas temperaturas, conhecemos Takuya ( Keitatsu Koshiyama ), um jogador de hóquei que está buscando se aperfeiçoar e se tornar um profissional da patinação artística.
A direção é contemplativa e seu esforço estar em tirar de cada cena um brilho de interação, em profundidades que mesmo que não cheguem a retocar teses complexas, ao menos deixa bem claro a essência motivacional de cada personagem em torno de Takuya.
Sol de Inverno é um cinema de contemplação que atende a competitividade e os treinos duros com delicadeza, com beleza espontânea de uma direção tomada pela poetização das estações japonesas e com uma sonoridade imersiva que garante ótimos momentos.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Flávio Júnior
Agradecemos a Michiko Filmes pelo convite!
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