CRÍTICA | LOVE LIES BLEEDING
O filme acompanha a história de Lou (interpretada por Kristen Stewart), uma gerente de uma academia local que se envolve romanticamente com uma novata do fisiculturismo, Jackie (interpretada por Kate O’Brian), até que um evento as coloca em um caminho de sangue e vingança.
A narrativa do filme permanece bem estruturada e interessante, apesar de alguns momentos em que escorrega. No entanto, isso não compromete a experiência. Grande parte do filme se concentra na construção do relacionamento entre as protagonistas, o que faz com que o espectador se envolva emocionalmente com ambas as personagens e queira saber o desfecho de suas histórias.
Além do foco no relacionamento, o filme também aborda o problema familiar de Lou com seu pai (interpretado por Ed Harris), que é um chefe criminoso com vários segredos obscuros que são revelados ao longo da trama, destacando assim um dos temas centrais do filme: os laços familiares. Conforme a história avança, ocorrem cenas de violência brutal.
Ao longo do filme, são explorados elementos de humor ácido, terror psicológico, horror corporal e surrealismo, sendo este último mais evidente no desfecho da história. Quanto à atuação, todos os atores cumprem bem seus papéis, mas as duas protagonistas e o pai de Lou se destacam especialmente.
Por se passar nos anos 80, o filme mantém uma estética de figurino e cenários da época, o que contribui para a imersão na história. A fotografia é de boa qualidade e estilizada, tornando o filme visualmente atraente do início ao fim.
Em resumo, O Amor Sangra é uma obra bem construída, com uma produção cuidadosa e o uso eficaz de visuais e técnicas cinematográficas, sendo um acerto da diretora Rose Glass.
NOTA FINAL
4
★ ★ ★ ★
Autor: Murilo Prazeres
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