CRÍTICA: SENHOR DOS ANÉIS – A GUERRA DOS ROHIRRIM
O Senhor dos Anéis: A Guerra de Rohirrim, ao pegar um dos vários apêndices deixados por Tolkien e esticar para contar uma história nova nessa animação, que se passa 183 anos antes de Frodo sair do condado. Se por um lado é interessante assistir uma animação, baseada em Senhor dos Anéis, por outro lado a falta de impacto que se sente com o desenrolar da trama na tela, não chega a ser narcoleptica, mas tão pouco te deixa na ponta da poltrona. Ponto alto para o visual dos personagens, que se distancia do cartunesco que dominava os estilos de animação nos últimos 20 anos.
Ao optar por um estilo mais austero e realista, como nos anos 80 e 90, o longa ganha ares mais sérios, de acordo com o clima que o filme tenta passar. A mixagem de som também é algo que se destaca e os “cenários” também tem momentos deslumbrantes com tons extremamente realistas que roubam a cena em vários momentos, mas também infelizmente acabam destacando demais a pouca fluidez na animação dos personagens em vários momentos. Para os apreciadores da Terra Média de outras aventuras, poder revisitar além de Rohan, locais como o Abismo de Helm e Isengard, sempre pega no calcanhar nostálgico.
E apreciamos isso, em meio a uma trama bem batida para introduzir uma personagem com características interessantes, mas que não trazem nada de novo para um “capa & Espada”, aliás, parece que na cultura pop, há poucas histórias femininas fortes, ou ela se casa com quem não quer ou ela vira uma guerreira/aventureira. Os momentos que deveriam ser grandiosos na tela, perdem força por serem em situações bem batidas, de manuais de roteiro. Surpresas ficam por conta de momentos de escolhas bem estranhas e que fazem pouco sentido prático, como a escolha do figurino da protagonista para a última batalha.
Como parece ser impossível não acenar para o cânone, temos cenas que fazem conexão com a saga principal, mas aí há um momento que erraram a mão, como se tivessem exagerado no ingrediente, por causa da falta de lógica na hora de forçar um personagem. A aventura é narrada por Éowyn (Miranda Otto, O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, reprisando seu papel na voz), mas não é a única voz original da Saga do Anel dos anos 2000 a retornar, mas vou deixar a curiosidade no ar.
A Guerra dos Rohirrim é um conto que não irá impactar e provavelmente será uma nota de rodapé no que diz respeito às histórias baseadas em Tolkien.
NOTA FINAL
2,5/5
★ ★ ★
Autor: Leonardo Valério
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