CRÍTICA | O ESTRANHO
Documentação e ficção se interligando para produzir ares de ancestralidade.
Em O Estranho, acompanhamos Alê, uma funcionária do Aeroporto de Guarulhos, que nos situa em vários relatos imagéticos sobre o passado daquele mesmo local.
O filme nos permite estar dentro de uma interpoliaridade muito latente, em que essa mistura consciente ao docuficção é traduzida na transição geográfica e temporal, em um exercício interessante sobre ancestralidade e indagação a um passado muito fragmentado.
A essência do filme se ocupa de amarrar relatos e experiências do passado, de modo á fixar uma contextualização cultural bastante sensível em povos indígenas, candomblés e trabalhadores do próprio aeroporto. O filme busca o tempo todo intercala-los com construtores de um vestígio em constante modificação.
O filme possui distrações, como cenas que não ajudam muito a interligar esse relato aparente com a reflexão que quer atingir, mas ao menos propicia uma documentação interessante sobre a nossa antecedência e a modificação do espaço.
É um documentário que processa a ancestralidade para tentar historicizar um passado através do relato de preservadores culturais do tempo.
NOTA FINAL
3/5
★ ★ ★
Autor: FLÁVIO JÚNIOR
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