CRÍTICA: A MAIS PRECIOSA DAS CARGAS
Markus Hazanavicius, mesmo diretor do excelente O Artista, dirige uma das animações mais intrigantes e belas do últimos tempos no cinema francês.
Onde a história acompanha um pobre lenhador e sua esposa vivendo numa grande floresta. Frio, fome, pobreza e guerra tornavam suas vidas difíceis, até que um dia a mulher resgata um bebê. Jogada de um dos muitos trens que passam constantemente pela região, “a mais preciosa das cargas” transforma a realidade do casal e de todos que cruzaram o seu caminho — incluindo o homem que a lançou do trem. Alguns tentarão protegê-la, custe o que custar, e sua história irá revelar o pior e o melhor da humanidade.

É uma adaptação de um conto escrito por Jean-Claude Grumberg, em que o abstratismo em seus elementos se revela chave principal para elucidar a grande recompensa temática da obra.
A Mais Preciosa Das Cargas segue um drama de escassez e elabora uma mitologia solene em torno do resgate á esperança para resolver esse problema. A garota, jogada do trem como o êxodo bíblico, passa a se conciliar com o modelo moralista de narração do filme.

Algo que estrutura a obra realmente em um conto prosaico em narrações eventuais, onde se estabelece uma fábula muito bem feita.
O filme reproduz traços mais abstratos, porém mais sensíveis, o que confere maior profundidade em cada ação que envolva os personagens de cena.
O desenho se comporta nas linhas mais sutis de expressão, por mais que comporte um nível de tensão ocasional e com dilemas mais densos, como maternidade e projeção de vida.
A Mais Preciosa Das Cargas é uma obra incrivelmente bonita em sua peculiaridade, exemplificando uma boa fábula – humana – na prática.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Flávio Júnior
Agradecemos a Paris Filmes pelo comvite!
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