Está claro seu tom e suas vibrações com um nível de maturidade e de construção de mundo, a imaginação para estabelecer limites para as regras da vida, da morte e de como tudo isso pode ser engraçado para fundir os dois lados.
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Tornou-se uma espécie de legado para grande parte do elenco, principalmente para o protagonista que depois de várias tentativas abertas de uma sequência ao longo da última década, o diretor por sua vez reformulou todo o projeto para que tivesse sinal verde do estúdio e a inclusão do compositor Danny Elfman.
Uma mistura de gêneros, de sentimentos e de desconfiança do próprio público e fãs do clássico dos anos oitenta, então o diretor adicionou perfeitamente novos personagens a nova parcela e grandes nomes como Willem Dafoe, Jenna Ortega e Monica Bellucci.
Tudo parece estar em seu devido lugar e em perfeita sincronia, principalmente levando em consideração a ambientação e os cenários. A sequência do clássico de Tim Burton está longe de ser uma sequência caça-níquel como se tem visto com bastante frequência em Hollywood.
Isso vindo de um diretor consagrado como ele não é surpresa alguma, até porque o projeto está sendo desenvolvido há bastante tempo. Uma sequência sincera, insana, que reconecta Burton com seu único amor verdadeiro ao macabro por meio de uma introspecção sobre trauma, tristeza e propósito, o que acontece quando se perde de vista seu eu do passado.
Funciona como uma boa reflexão sobre como a espiral do diretor ao longo do tempo se transformou durante sua carreira e o fez chegar até aqui e mostrar que ainda tem total controle criativo em seus projetos.
O longa tem o tom exagerado e não se torna justo se comparar com o clássico, mas é igualmente divertido. Seu texto infelizmente não é afiado e em algumas cenas é confuso, o desenvolvimento da trama é outro fator confuso em certos momentos mas não é nada que atrapalhe a experiência.
Apesar de não ser surpreendente, tem nuances sombrias, diversos elementos de terror, se destaca pelos detalhes, pelo cuidado em que as cenas são trabalhadas e auxiliam no desenvolvimento da narrativa. É excelente quanto aos aspectos técnicos, com destaque para a fotografia, o design de produção e a trilha sonora.
O longa conta com um ótimo elenco que entregam atuações consistentes, principalmente o protagonista, Michael Keaton e seu personagem cativante Betelgeuse, Astrid interpretada por Jenna Ortega e não poderia deixar de citar a maravilhosa adição do personagem Wolf Jackson interpretado pelo Willem Defoe. Esse é um tipo de longa que nos contagiam, nos deixam nostálgicos e ainda mais apaixonados pela sétima arte.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Weslley Lopes
Agradecemos a Warner Bros. pelo convite.