No passado, dragões e humanos já foram aliados no passado, até que a ganância humana destruir o equilíbrio. Anos depois, a jovem Ping encontra o último dos dragões imperiais e decide ajudá-lo. Perseguidos pelo exército do Imperador, essa dupla improvável embarca numa aventura. Ping precisará buscar dentro de si um poder adormecido para salvar os dragões e proteger aqueles que ama.
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Uma co-produção entre China e Espanha, a animação “A Menina e o Dragão” parece apontar para um futuro cada vez mais globalizado entre estúdios menores fora de Hollywood. Dirigida em parceria por Salvador Simó e Li Jianping e produzida por dois estúdios, esse é um projeto que termina sendo incapaz de traduzir o olhar cultural de ambos os lados. O resultado final é anêmico, se aproximando mais de um pastiche de produções como “Raya e o Último Dragão”.
Baseado numa série de livros infantis, a trama de “A Menina e o Dragão” se passa no período imperial da história da China. Mais precisamente durante a dinastia Han. Após a aliança entre humanos e Dragão ser quebrada devido um desejo insaciável por poder, esses seres mágicos fossem caçados e banidos do império.
Anos depois, em uma fortaleza remota, uma jovem escrava chamada Ping inicia uma improvável amizade com Long Danzi, o último dos dragões imperiais. Ping começa então uma busca pelos dois últimos dragões existentes. A falta de identidade é o que torna “A Menina e o Dragão” uma experiência tão desinteressante. O olhar sobre aquele universo é desfocado e sem graça. Uma história oriental com o olhar fixo para o ocidente.
A impressão que fica é que essa uma daquelas animações lançada sem cerimônia no mercado Home video no começo dos anos 2000. Seu roteiro, cuja autoria foi diluída entre cinco roteiristas diferentes, trafega entre núcleos sem qualquer naturalidade, sendo infeliz na exposição de informações e na construção de diálogos.
Visualmente o longa também carece. Suas cenas de ação só deixam mais evidente a qualidade precária da animação. O design dos rostos e locais acaba não se diferenciando de tantas outras produções.
“A Menina e o Dragão” pode até agradar aqueles já familiarizados com esse universo. O final sugere que existe um claro interesse de expandir essa saga na telona. Fora eles, esse longa apenas é indicado aos espectadores mais pequenos que não se importam com diálogos rasos e uma qualidade técnica bem abaixo de qualquer animação 3D recente.
NOTA FINAL
2/5
★ ★
Autor: Raphael Aguiar
O longa estreia no próximo dia 19 de setembro nos cinemas. Agradecemos a Imagem Filmes pelo convite!