CRÍTICA- MUFASA: O REI LEÃO
Contada através de uma narração de Rafiki, descobrimos pela primeira vez em uma mídia audiovisual a história de Mufasa, um jovem perdido que é adotado pela família de Taka (Scar), e como eles partiram em uma aventura para o paraíso animal, chamado de Milele. Essa aventura resultaria no surgimento de um dos maiores reis que essas terras já presenciaram.
Um dos grandes acertos do filme é a sua premissa, que decide, depois de 30 anos da estreia do primeiro filme da franquia, explorar a história do pai de Simba, algo que só havia sido feito rasamente em livros infantis. Além de finalmente dar um ponto final e decisivo na história de Taka e como ele ganhou sua icônica cicatriz e seu novo nome: Scar. A origem de Taka já fora mudada mais de 5 vezes com o passar dos anos e lançamentos de materiais promocionais da franquia, entre eles o famoso livro da série “Vilões”. Após tanto tempo de histórias rasas, confusas e diversas mudanças em suas origens, é um alívio dizer que finalmente temos uma história concisa e decisiva, tornando esse filme uma passagem essencial para os fãs da franquia.
Mostrando novos ambientes e biomas da África, a fotografia consegue retratar muito bem as diferenças ambientais e animais entre cada região, seja pelo uso de cores mais chamativas ou mais mortas, porém nada que se estenda além disso. Ela é competente no que promete, mas não vai muito além do seu antecessor.
O jovem Mufasa é um personagem muito interessante na trama, sendo um ótimo protagonista que carrega o filme todo, tendo seus dilemas familiares (antigos e novos) bem desenvolvidos, assim como sua evolução de um leão menosprezado com talentos incríveis, para o grande Rei Leão. Taka e sua ligação com o trono de Rei também são coisas que a trama explora muito bem, deixando bem explicado o motivo da obsessão de Scar pelo posto de líder do reino no filme clássico. Entretanto, o destaque aqui vai para o vilão original do filme: Kiros. Sua presença em tela é avassaladora, deixando não só os personagens, mas como os telespectadores arrepiados.
Sendo um filme da Disney, e uma continuação do clássico “Rei Leão”, eram de se esperar músicas cativantes e marcantes, mas infelizmente isso não acontecesse. Nenhuma música presente no filme chega a preencher o coração e a mente de quem assiste, muito por causa de suas letras genéricas e péssimos momentos em que são inseridas.
O ritmo do filme não se mantém linear na qualidade. O primeiro ato, explorando a origem de Mufasa e sua amizade com Taka, é muito fluído e empolgante, mas logo isso é cortado pelo terceiro ato, com muitas cenas extremamente rápidas e picotadas pela edição, fazendo com que a atenção e concentração na trama seja perdida facilmente. Por sorte isso é concertado levemente no terceiro ato, mas que também acaba pecando por momentos expositivos e que se agarram a clichês e cenas marcantes do filme clássico.
Vale a pena ressaltar que a dublagem brasileira desse filme é maravilhosa, contendo as vozes de Pedro Caetano (Mufasa), Hipólyto (Taka), Luci Salutes (Sarabi) e Eduardo Silva (Rafiki jovem).
O filme traz uma história inédita essencial que todo fã da franquia deve assistir pelo menos uma vez, contendo personagens carismáticos que carregam a trama até o fim e bons efeitos visuais. Porém que, assim como seu antecessor, acaba tendo um ritmo desnecessariamente longo e tedioso em diversos momentos, sem muitos clímax ou momentos marcantes.
NOTA FINAL
3,5/5
★ ★ ★ ★
Autor: Bruno Navarro Gamba
Agradecemos a Disney Brasil pelo convite!
Confira outros artigos:
- CRÍTICA- MUFASA: O REI LEÃO
- GTA 6 | CEO da Take-Two afirma que ‘vale a pena esperar’
- V Rising recebe mais de 40% de desconto na Promoção de Inverno da Steam; confira
- Comando das Criaturas | Série é renovada para segunda temporada
- Marvel: Sadie Sink cotada para ser Jean Grey no MCU, diz insider
- Mestres do Universo | Live-action de He-Man terá Jared Leto como vilão; confira
Compartihar:
Publicar comentário