CRÍTICA: ANTONIO BANDEIRA – O POETA DAS CORES
O Poeta das Cores retrata a vida e carreira artística de Antônio Bandeiras, um dos grandes nomes da arte brasileira. Desenhista que trouxe grandes referências da academia francesa, fazendo parte também de um movimento modernista em Fortaleza, em meados dos anos 40.
Isso explica a consonância visual do filme com vários aspectos cearenses, em retoques mais sutis, que remetem a um lastro mais afrancesado. França e Ceará acabam se conectando dentro de uma linha biográfica bem afetuosa, desmembrando uma conduta de influências. O modernismo em contato com o objeto pessoal em encenações ambientadas no Ceará, e encenações que objetificam o legado e o trabalho que fora arquitetado em solo francês.

É um documentário que leva um conceito de patriotismo e de influência como estampa de sua realização filmica. Pode parecer muito restrito a convenções de drama biográfico em sua tentativa de afunilar o biografado em suas obras, mas consegue transmitir com eficiência os grandes pilares que fizeram da arte de Bandeiras uma invocação justificável.
Uma conexão Paris e Fortaleza, que medem como referências artísticas rompem barreiras territoriais e linguísticas, tanto a favor da arte, quanto a favor da iconoclastia. Desse caso, afetuosa ao registrar Antônio Bandeiras no privilégio de uma cine biografia.
NOTA FINAL
4/5
★ ★ ★ ★
Autor: Flávio Júnior
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